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Nova terapia para casos de AVCI

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O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico, aquele que ocorre quando uma artéria que leva o sangue ao cérebro é obstruída, foi o tema central do Simpósio AVC Isquêmico – Atendimento de Urgência, que reuniu neurologistas, neurocirurgiões, enfermeiros e representantes de operadoras de planos de saúde em Natal. O evento aconteceu nesse sábado (29),  no Hotel Holiday Inn Natal e definiu um protocolo mais ágil, a ser aplicado nos casos de AVCI,  que possibilita minimizar e até eliminar possíveis sequelas.
O protocolo prevê um procedimento conhecido como trombectomia endovascular. A terapia – ainda pouco difundida no Rio Grande do Norte – consiste na utilização de um stent, que auxilia na retirada do coágulo que está obstruindo a circulação no cérebro.
Profissionais de saúde traçam novo protocolo para o atendimento do AVC Isquêmico no RN. Procedimento possibilita minimizar e até eliminar sequelas nas vítimas
Profissionais de saúde traçam novo protocolo para o atendimento do AVC Isquêmico no RN. Procedimento possibilita minimizar e até eliminar sequelas nas vítimas

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, a trombectomia mecânica aumenta as chances de independência dos pacientes em mais de 50%. Já com o tratamento trombolítico, quando é aplicado um medicamento na veia capaz de dissolver o trombo ou coágulo que entope as artérias cerebrais, as chances de boa evolução caem para 30%. 

‘‘Esse tratamento já é realidade em outros países. No Brasil, capitais como São Paulo,  Fortaleza e João Pessoa já avançaram nessa área. Nosso desafio é formatar e aplicar a diretriz em hospitais da rede particular num primeiro momento e, na sequência, expandir para as unidades públicas de saúde”, explica o neurocirurgião e professor do curso de medicina da UERN, André Lima.

Durante o evento, os participantes reconheceram a necessidade de oferecer às vítimas do AVCI tratamento imediato, encurtando a janela terapêutica que hoje varia de 4h a 6h, para minimizar as sequelas. No entendimento dos profissionais, a assistência deve começar já na emergência pré-hospitalar, onde acontece o primeiro atendimento. As equipes de serviços móveis de urgência devem ser treinadas para reconhecer um paciente com AVC e encaminhá-lo à equipe da emergência, que dará início ao tratamento. ‘‘A cada minuto de circulação interrompida, o cérebro perde um milhão de neurônios. Por isso é importante ter uma estrutura bem organizada, para diminuir o tempo de chegada do paciente até o hospital’’, esclarece.

Dados do Ministério da Saúde revelam que, somente em 2015, foram registradas no Brasil 183,9 mil internações decorrentes do AVC. O número representa a primeira causa de óbito e incapacidade funcional no país. Já em dados globais, a cada ano, o AVC vitima cerca de 17 milhões de pessoas no mundo. Desse total, 6,5 milhões morrem e mais de 2 milhões vivem com incapacidade permanente.

AVCI – Fatores de Risco e Sintomas

O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico é responsável por cerca de 80 a 85% dos casos de internação no país. Entre os principais fatores de risco estão a hipertensão, diabetes e o colesterol. Além disso, o estresse e maus hábitos como fumo, álcool e sedentarismo têm aumentando a incidência da doença, que atinge pessoas cada vez mais jovens, com menos de 40 anos de idade. Nos últimos seis anos, mais de 13 mil pessoas entre 15 e 39 anos morreram em função de complicações da doença, segundo o Ministério da Saúde.

Entre os principais sintomas estão dores de cabeça, com aparecimento súbito, desvio na boca, fala embolada, perda de equilíbrio e paralisia nas pernas ou braços. A vítima também pode apresentar dormência em um dos lados do corpo, dificuldades para falar e enxergar, e a pálpebra superior caída.
 

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