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Novas vagas vão para o interior

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Ao contrário do que ocorre em Natal, onde a UFRN não tem condições de oferecer novas vagas no curso de Medicina, o cenário no interior do Estado se apresenta como favorável ao ensino. Até 2017, serão 160 novas vagas. Somente no próximo ano, a própria UFRN leva o curso para outro município e abre 40 vagas em Caicó. As demais vagas serão ofertadas pela Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) nos municípios de Assu e Mossoró. Além destas, a Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (Uern) pretende abrir 14 novas vagas, passando das atuais 26, para 40 vagas, também em Mossoró.

A nova graduação da UFRN é uma proposta multicampi. As atividades serão desenvolvidas no Centro Regional de Ensino Superior do Seridó (Ceres), que tem campi nos municípios de Caicó e Currais Novos, e na Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (Facisa), em Santa Cruz. O professor George Dantas é o coordenador do curso que começa a ser oferecido no segundo semestre de 2014. Ele conta que a discussão sobre a interiorização do curso de Medicina começou no ano passado. “Conversamos com as prefeituras e entidades ligadas ao setor como o Cremern [Conselho Regional de Medicina]”, aponta.
Desde o primeiro ano do curso de Medicina da UFRN, os alunos passam por aulas práticas
O curso de Medicina no Seridó terá um diferencial. A UFRN optou por um método de ensino inovador. O conteúdo do curso será o mesmo, mas a forma de ensino distingue da tradicionalidade. Trata-se do método que, em inglês, é denominado Problem Based Learning (PBL), que significa  aprendizado baseado nos problemas. “Optamos pelo modelo mais avançado baseado na resolução de problemas. Os conteúdos serão estudados na sequência que os problemas forem apresentados”, explica Dantas.

Outro diferencial é a disposição do corpo discente. Os 40 alunos serão divididos em cinco turmas com oito estudantes. Cada turma será acompanhada por um professor que terá mais facilidade de detectar possíveis dificuldades. Em cada semestre, haverá uma programação de casos a serem estudados por cada turma. “O método é usado nos Estados Unidos, Holanda, Canadá e em algumas escolas no Brasil”, lembra George Dantas.

Por ser uma novidade, os professores serão preparados especialmente para esse tipo de aprendizado. A professora Elaine Bezerra destaca que o método não é melhor nem pior que o empregado em Natal. “O conteúdo é o mesmo. É a mesma Medicina. Não existe método melhor ou pior. Em Natal, mesmo com o método tradicional, usamos novas técnicas. O mesmo vai acontecer em Caicó. Será um método novo, mas haverá técnicas que usamos aqui”, coloca.

Para este ano, serão destinados mais de R$ 27 milhões entre obras, equipamentos, recursos humanos e custeio do curso. A expectativa é abrir concurso com 42 vagas de professores.

Mais vagas

O único município do interior do Rio Grande do Norte que abriga uma faculdade de Medicina é Mossoró. Anualmente, a Uern oferece 26 vagas do curso e, até então, formou duas turmas. No próximo mês, haverá colação de grau da terceira turma. A partir do próximo ano, Caicó passa a contar com a graduação e, em 2016, a Ufersa vai criar o curso em Assu e Mossoró.

A liberação do curso na Ufersa foi anunciada pelo MEC em maio passado. “O MEC faz questão que o curso já comece em pleno funcionamento. Por isso a primeira turma já irá iniciar depois que toda a estrutura estiver pronta”, disse o reitor da instituição, José de Arimatea de Matos. As obras para a infraestrutura necessária serão iniciadas em 2014.

#SAIBAMAIS# A Ufersa vai elaborar o orçamento necessário para implantação do curso. A planilha de investimentos será incorporada ao Orçamento do MEC para 2014. Os graduandos irão ingressar no curso através do Sistema de Seleção Unificada (SiSU) para entrada em 2016, de modo que os candidatos deverão obrigatoriamente prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em 2015.

A Uern também estuda a possibilidade de aumentar a oferta de vagas em Mossoró. Segundo o coordenador do curso, professor José Hélio Cabral, as conversas preliminares apontam um acréscimo de 14 vagas no curso. “A proposta é passarmos a oferecer 40 vagas a partir do próximo ano. As vagas seriam divididas nos dois semestres. Mas nada está confirmado. Precisamos realizar alguns ajustes e creio que, nos próximos trinta dias, teremos uma definição desse caso”, informa.

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