Brasília (AE) – Na concorrida cerimônia de posse do novo ministro da Previdência, José Pimentel, no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a necessidade de uma nova reforma da Previdência, que entrasse em vigor “para a próxima geração”, “daqui a uns 30 anos”. Em seu discurso de improviso, Lula voltou, ainda, a se queixar da imprensa, desta vez, por considerar que não está sendo dada a devida publicidade ao fato de que “as filas da Previdência diminuíram substancialmente”. O presidente Lula lembrou que há dois anos e meio “vivia debaixo de uma saraivada de notícias de jornais” que criticavam as filas do INSS. “Eu não sei se vocês perceberam que não tem mais esta notícia porque foi montado um trabalho muito sério e estas filas diminuíram substancialmente e é por isso que não tem notícia”, afirmou Lula, ressaltando que foi reduzido o tempo de espera entre a pessoa entrar com pedido de um benefício, e este benefício lhe ser concedido ou não.
Em seguida, o presidente tentou amenizar o tom de suas queixas, alegando que tinha “evoluído” e que não estava nem tratando como crítica o fato de os jornais não noticiarem que as filas tinham diminuído. Essa postura, justificou, faz parte do “aprimoramento” da sua “relação democrática com a imprensa”. Lula recomendou ainda que Pimentel cuide “com carinho” dos aposentados e pensionistas. “Faça aquilo que sabe fazer, perfeitamente bem, lembrando que nós precisamos cuidar dos nossos aposentados com carinho e dos pensionistas, mas também sabendo que nós só podemos pagar a hora que a gente tiver recursos no cofre para pagar todos os benefícios que as pessoas têm direito neste País.”
No breve discurso de posse, o presidente Lula fez questão de elogiar o ex-ministro da Previdência e do Trabalho Luiz Marinho, que não estava presente, pelo trabalho feito nas duas pastas e pela relação que tem com ele, desde os tempos do movimento sindical.
