Vencedor de 45 prêmios, dois deles no Festival de Cannes do ano passado – especial do júri e da crítica – e do Oscar de Filme Estrangeiro em 2016, O Filho de Saul entra em cartaz na Sessão de Arte do Cinépolis em apenas dois horários. De 2ª à 6ª às 19h30 e sábado e domingo, às 14h.
O filme marca a estreia do húngaro László Nemes, 38, na direção de longas. Nemes criou regras de filmagens parecidas com o “Dogma”; utilizou lente de 400mm, para obter profundidade de campo; levou 5 meses na montagem de som com vozes de várias nacionalidades; e Géza Röhrig é poeta húngaro do Brooklyn.
O húngaro queria fazer um filme diferente sobre o Holocausto. Conseguiu. Radicalizando o partido estético de um curta que dirigiu antes – ‘Com Um Pouco de Paciência’, de 2007 –, ele cola a câmara ao protagonista e faz com que o público não veja nem ouça nada que não seja filtrado por seus olhos e ouvidos.
A questão é – o que ver e mostrar do Holocausto? Saul trabalha na fábrica de mortos do nazismo. Limpa câmaras de gás. Entre uma das vítimas, identifica o próprio filho. Move mundos para que ele tenha um enterro ritual. No processo, arrasta o espectador numa descida ao inferno. (com informações de AE).