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Novos concursos preenchem vagas de aposentados

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Luiz Henrique Gomes
Repórter

O Rio Grande do Norte tenta renovar o quadro de funcionários com a realização de concursos públicos em diversos setores, na intenção de evitar envelhecimento e a diáspora com as aposentadorias. Mais de 3 mil novos professores ingressaram no Estado nos últimos anos, graças ao certame de 2015. Outras 404 pessoas foram aprovadas este ano para assumir cargos na Saúde, e 487 foram formados para atuar no sistema prisional como agentes. E, ainda em processo, a Polícia Militar pretende ter mil novos praças.

#SAIBAMAIS#As convocações e nomeações dos aprovados nos últimos concursos ainda estão em curso. A Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), por exemplo, pretende convocar novos 84 aprovados, totalizando 571 novos agentes penitenciários. Mesmo com três anos de vigência, a Secretaria Estadual de Educação e Cultura (SEEC) convocou mais de 500 aprovados no último mês de junho.   Por último, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesap) empossou 353 novos profissionais, entre médicos e técnicos. 

Já na Polícia Militar, as inscrições encerraram neste mês de agosto. A expectativa, para candidatos ouvidos pela reportagem, é realizar o sonho de se tornar militar, mesmo com as adversidades estruturais sofridas pela corporação no Rio Grande do Norte. “Meu sonho é ser militar, apesar de saber que é uma profissão difícil e que muitas vezes o policial vem a morrer pela questão da violência, mas é uma coisa que eu gosto e acho que quando você gosta de uma profissão você vai até o final, independente do que vai acontecer”, declarou o candidato Paulo Teixeira.

Para os recém-chegados ao Estado, as novas vivências significam, muitas vezes, mudanças na percepção da vida. A pedagoga Joseane Priscila Nascimento, por exemplo, foi aprovada no concurso da Educação em 2010 e começou a atuar em 2011. Com sete anos de contribuição, diz que as histórias vividas dentro das escolas, onde atua como gestora, significam “um aprendizado diário”.

Mãe de uma adolescente, a gestora acaba tendo uma outra visão ao lidar com diversos estudantes da mesma idade. “Muitas alunas compartilham experiências que, às vezes, são de abuso sexual. Eu chego em casa, converso com a minha filha sobre isso porque sei que existe e sei como essas adolescentes sofrem”, disse.

Ainda que não seja suficiente para interromper o déficit previdenciário, o ingresso de novos servidores significa mais receitas para a Previdência, evita o fim de serviços por falta de pessoal, a necessidade de terceirização e renova o quadro do funcionalismo. Muitos desses servidores ainda não pensam na aposentadoria, mas têm outras preocupações durante o exercício da profissão. “Minha preocupação, hoje, são com os alunos, os problemas da escola”, exemplificou Joseane. “Lá na frente a gente pensa na aposentadoria”, conclui.

“Por trás dos números–Aposentadorias”
A Tribuna do Norte traz a quinta e última reportagem da série “Por trás dos números”. Na edição impressa deste sábado, 1, terminamos a série contando a história dos novos servidores do Estado, que ainda tem um longo caminho a percorrer até a aposentadoria, e que, hoje, lidam com outras preocupações.

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