#SAIBAMAIS#Castello Branco defendeu a política de desinvestimentos da companhia, como a venda da rede de gasodutos da TAG e da NTS nas regiões Nordeste e Sudeste. Segundo ele, trata-se de gestão de portfólio, pois o retorno da exploração de petróleo e gás em águas profundas é maior do que o de gasodutos, refinarias e campos maduros e terrestres.
Segundo o presidente da companhia, os desinvestimentos devem atingir entre US$ 30 bilhões e US$ 35 bilhões nos próximos cinco anos, enquanto os investimentos no período devem chegar a US$ 100 bilhões. “Isso é a busca do portfólio ótimo, que traga mais retorno aos acionistas”, disse.
Hoje, a Petrobras tem 55% de seu portfólio concentrado em águas profundas, e a previsão, para 2020, é chegar a 88%. Já os campos em terra devem ter participação reduzida de 37% para 10%, e a exploração em águas rasas deve diminuir de 8% para 2%. O Rio Grande do Norte é o principal produtor de petróleo em terra do país.
Concentração no Sudeste
As suspeitas de fim das operações no Rio Grande do Norte foram indiretamente confirmadas pelo presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, na semana passada. Num evento da Associação Comercial do Rio de Janeiro, ele afirmou que a estatal irá se transformar numa empresa do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo até o ano de 2022.
A uma plateia de empresários cariocas, ele disse que as atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural e também o refino vão se concentrar nesses três Estados.
Ele destacou o investimento planejado para o Rio de Janeiro, de US$ 54 bilhões nos próximos cinco anos. Parte desse dinheiro, US$ 20 bilhões vão ser gastos na Bacia de Campos, no norte fluminense, principalmente, para revitalizar campos produtores que entraram na fase de esgotamento e dependem de investimento para ganhar sobrevida.
Além disso, a Petrobras reservou US$ 4 bilhões para trazer gás do pré-sal da Bacia de Santos até a costa, transportá-lo até o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e tratá-lo numa unidade de processamento de gás (UPGN) que está sendo construída.
“Temos muito foco no Estado do Rio de Janeiro, que vai se beneficiar se utilizar bem os recursos gerados pelo petróleo”, disse Castello Branco.
Mais uma vez, Castello Branco afirmou que a prioridade da estatal é o pré-sal, além da continuidade do processo de redução dos custos. “Estamos nos preparando para viver bem com o petróleo a US$ 50 e até menos”, disse. “Porque sabemos que não só estamos numa indústria cíclica, como também pelo fato de o petróleo tender, ao longo do tempo, a se desvalorizar.”