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Número de mortes no trânsito cai no ano novo

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ANO NOVO - Feriadão nas rodovias federais foi menos violento que no Natal

Brasília – O número de mortes nas estradas federais no feriado prolongado do ano-novo caiu quase à metade, em comparação com o Natal, quando foi registrado o número recorde de 196 mortos em acidentes. Entre sexta-feira e os primeiros minutos da madrugada do dia 1º, ocorreram 99 mortes nas rodovias – uma redução de 49,5% em relação ao período entre os dias 21 e 25. Em nota divulgada ontem, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) atribuiu o resultado aos ajustes feitos na Operação Ano-Novo, que intensificou a fiscalização, depois dos números trágicos do Natal.

A PRF detalhou o número de mortes a cada dia do feriado de réveillon, o que revela a concentração de ocorrências na volta para casa: ontem, 31 morreram nas estradas federais. Na véspera, último dia do ano, foram três mortes, o menor número de 2007, segundo a polícia. Na sexta-feira, foram registradas 20 mortes. No sábado, o número aumentou para 26. Caiu para 19 no domingo. No feriado da virada do ano, ficaram feridas 1.276 pessoas – 31,7% a menos que no feriado do Natal. Foram registrados 1.738 acidentes – índice 32,1% menor que no Natal.

Os dados referem-se aos 61 mil quilômetros das estradas federais. Em relação ao feriado de ano-novo de 2006/2007, a redução foi de 10,8% nas mortes. Os acidentes caíram 14,2% e o número de feridos diminuiu 13,7%.

O aumento do número de blitze, a redistribuição de radares e o aumento da carga horária dos policiais – que fizeram plantões de 30 horas ininterruptas – provocaram o crescimento em 19,2% das autuações de motoristas. O número de multas por radar mais que dobrou, passando de 17 mil no feriado de Natal para 40 mil no do ano-novo.

No feriado do Natal de 2007, as 196 mortes nas estradas federais representaram o maior número registrado em 20 anos de medições, segundo a assessoria da PRF. Em 2006, houve 129 mortes do Natal, quando o feriado teve um dia a menos, e foi de 22 a 25 de dezembro. Em 2006, a média de mortes foi de 32,2 por dia do feriadão, enquanto em 2007, foi de 39,2. As médias do ano-novo foram menores: 22,2 mortes por dia em 2006/2007 e 19,8 em 2007/2008.

Somando os dias dos feriados de Natal e ano-novo de agora, as estradas federais registraram 295 mortes, contra 240 dos feriados de um ano antes – um aumento de 22,9% nos números absolutos. A média foi de 29,5 mortes por dia nos feriados de 2007/2008 e de 26,6 nos feriados de 2006/2007.

Na nota, a PRF informou que “as estatísticas registradas no feriado de Natal levaram a Polícia Rodoviária Federal a promover ajustes na Operação Ano-Novo” e que, “em vários Estados, foram montadas escalas extras, inclusive com convocação de agentes de folga e emprego de policiais do serviço administrativo”.

ONG critica falta de metas sobre acidentes

Sorocaba (AE) – O coordenador da organização não-governamental SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto, criticou a falta de metas do governo para a redução de acidentes nas rodovias do País. Segundo ele, órgãos como as agências reguladoras e as polícias rodoviárias estaduais e federal limitam-se a divulgar os números dos acidentes, mas não falam em metas. “Não se sabe o que será feito para que tenhamos menos mortes nas estradas em 2008.”

Rizzotto considerou “absurdo” atribuir à melhoria nas condições econômicas e ao aumento na frota de veículos o número maior de acidentes ocorrido no Natal. “Dizer que mais gente está morrendo porque a economia cresceu é a contabilidade da desgraça.” O esperado, segundo ele, seria que a economia melhor do País também resultasse em condições de trânsito com mais segurança. Ele criticou ainda o que considera uma omissão. “Não se divulga o número de feridos, quando se sabe que de 5% a 7% das pessoas que são encaminhadas para hospitais acabam morrendo em decorrência do acidente.”

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