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NY Times aderiu aos NFTs

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Alex Medeiros 
O colunista da editoria de tecnologia do jornal The New York Times, Kevin Roose, vendeu ontem sua coluna, onde comenta e divulga o fenômeno dos NFTs (token não fungível ou tokens criptográficos) em uma plataforma NFT. O espaço editado nas páginas do diário e no site custou a quantia de 350 unidades de criptomoeda Ethereum, a principal concorrente da Bitcoin, um valor que equivale a US$ 563.400, mais de meio milhão de dólares.
NFTs são ativos digitais que, graças à tecnologia blockchain, são registrados como únicos, irreplicáveis ??e cujo histórico de transações pode ser acompanhado durante a origem da obra. A aplicação do blockchain – cadeia de blocos – tem sido uma revolução na arte digital, uma vez que um criador pode registrar sua obra como única e um comprador pode certificar tanto sua autenticidade quanto a propriedade.
Os NFTs abrem a porta para uma grandeza correspondente a mil de aplicações na criação, troca e transferência de conteúdo digital exclusivo e ativos de coleção globalmente com um custo relativamente baixo. Criar obras e fechar transações em blockchain tem um custo de computação e em emissões variáveis.
Kevin Roose anunciou no Twitter que todo o dinheiro arrecadado na licitação da plataforma de Crypto Art Foundation.App será doado a um “Fundo de Casos Mais Carentes”, que socorre os necessitados e que foi criado pelo jornal em 1911.
O New York Times não é o primeiro veículo a vender um colecionável digital NFT. A agência de notícias Associated Press leiloou por 180 mil dólares (quase 153 mil euros) uma obra digital que mostrava o mapa eleitoral das eleições de novembro passado nos EUA.
A televisão pública britânica BBC começou a trocar imagens de personagens das séries Doctor Who (a mais antiga do mundo em exibição) e Quartz como NFT, e recentemente vendeu um único item por US$ 1.800 (1.528 euros).
As possibilidades desse novo mercado de colecionáveis ??levaram a NBA – a poderosa federação de basquete – a vender o vídeo de uma enterrada do jogador Lebron James por mais de US$ 200.000. 
Quem também faturou um bom troco foi o CEO e fundador do Twitter, Jack Dorsey, que vendeu o primeiro tweet publicado na sua rede do Blue Bird por US$ 2,9 milhões, mais de 2,5 milhões de euros.
E um outro mercado que está começando a surgir com os NFTs é o de propriedades no metaverso, dos mundos virtuais. Na semana passada, uma casa digital foi vendida por meio milhão de dólares. É tudo um mundo novo, onde gerações como a minha dificilmente compreendem ou conseguem entrar.
Se há duas coisas que nunca entendi foi tecnologia e dinheiro. Em 1989, quando nasceu meu filho Rudá, fui à Feira do Alecrim (que não frequentava desde garoto) com a avó dele, que estreava um lindo Monza verde musgo, presente do marido.
Durante a circulação pelas barracas, cada item que ela perguntava o preço, eu completava a resposta do feirante com um “tá barato, Dona Ana”. Após quase uma dúzia de comentários assim, ela olhou séria pra mim e indagou: “Menino, não tem nada caro pra você?”: 
– Tem!, respondi.
– O quê?, ela devolveu.
– Um Monza!, concluí.
Carnes
Na quinta-feira, os breaks comerciais do Bom Dia RJ estavam recheados de ofertas de três supermercados, todos destacando picanha, alcatra, patinho, contrafilé… Já não se faz sexta-feira da paixão com o ritual do pescado.
Farsa
Viralizou a imagem de uma equipe de TV montando um cenário fictício dentro de um cemitério, onde alguém interpretava um coveiro enterrando uma cova vazia. A imagem foi gravada pelo celular de um morador vizinho ao local.
Vacinas
Até o início da manhã de ontem, o número de pessoas vacinadas nos estados era de pouco mais de 18 milhões. Mas o governo federal já havia distribuído 35 milhões de doses de vacinas, gerando um mistério: onde foi parar o restante?
Prognóstico
Sempre é bom lembrar que em 2014 o neuropetista Miguel Nicolelis gerou expectativas em milhares de pessoas e na própria FIFA sobre fazer um homem mover a perna com a mente. O fiasco fez a entidade esconder as imagens.
Intrujice
E na quinta-feira circulou um tal manifesto pela consciência democrática, encabeçado por figuras como João Dória, Ciro Gomes, Mandetta, Luciano Huck, Amoedo e Dudu Leite. Não demorou e foi chamado Manifesto 1 de Abril.
Protocalo
Um calo no sapato dos donos de bares e restaurantes, os tais “decretos científicos” sugerem que você pode entrar no local, comer, beber água, suco, refrigerante, água de coco, café… O vírus só pega se ingerir bebida alcóolica.
Remédio
Na época dos porres estudantis, uma namorada me ensinou a mascar chicletes após ficar bêbado. Muitos diziam não resolver, mas não piorava o pileque. A Ivermectina lembra aqueles tempos; ninguém pode proibir quem quer tomar.
Paradoxo
A militância comunista lançou nas redes a hashtag “ditadura nunca mais”. A mesma choldra que celebrou pela vida afora as ditaduras de Cuba, Albânia, Nicarágua, a revolução bolchevique russa e a revolução assassina da China.
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