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O Alecrim e seus doidos

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Aí interromperam o trânsito, o dia todo, na principal e mais antiga rua do Alecrim, a Amaro Barreto, uma quadra inteira (entre a Presidente Bandeira e a Presidente Quaresma), exatamente – numa comparação besta tão comum no soçaite natalense – o trecho que poderia se chamar a “Afonso Pena do Alecrim”. Ou seria a Oscar Freire do Alecrim? Logo o Alecrim, exatamente o bairro que escapou da prancheta do grego Palumbo. Natal é mesmo uma cidade gaiata….

Fecharam a rua pra quê? Para que se realizasse, passarela armada sobre o asfalto, um desfile de moda, chamando a atenção da massa ignara para o comércio do bairro! Foi esse argumento (li nas folhas) que convenceu a prefeitura de autorizar com, licença da palavra, o evento. Aí, precisou-se desviar todo o trânsito, que por ali é intenso e denso, de fusquinha a caminhões de 24 pneus, ônibus, carroça puxada por burro ou cavalo  e o cacete, por outras ruas e avenidas. O bastante para se implantar o caos geral, contaminando outros bairros próximos. Uma loucura total com o aval da prefeitura em mais uma de suas lusofonias.

Quando o velho Anacleto, dirigindo sua camionete carregada de fretes, vindo pela Fonseca e Silva, quis entrar na Amaro Barreto para, lá na frente, pegar a Mário Negócio no rumo das Quintas profundas, ficou preso no caos que se espalhava pelo cruzamento com a Alexandrino de Alencar e a Sílvio Pélico e daí até a Base Naval.  Ninguém se mexia, buzinaço no meio do mundo espantando as rolinhas e os bem-te-vis do arvoredo da Policlínica.

Desorientado, o velho Anacleto pediu informações à mulher que vende tangerinas na calçada do Centro de Saúde (por ali onde foi o antigo hospital dos doidos):

– O que está acontecendo aí na rua, comadre:

 A senhora, farta de peito e de bunda, faturando no movimento e  sem levantar a cabeça, respondeu:

– Viadagem, meu senhor, viadagem.

As chuvas

Imaginava que as chuvas de quarta-feira em Natal (foi o dia todo) beirassem de 80 a 90 milímetros. Chegaram a 65, como se lê no boletim de ontem da Emparn. Choveu nas quatro regiões do Estado, bem mais no Litoral e no Agreste. Mas, houve uma chuva boa no Seridó: 40 milímetros em Carnaúba dos Dantas. Em Acari e Bodó, 26; Florânia (Jucuri), 22; Lagoa Nova, 20; Currais Novos, 9. No Oeste onde choveu mais foi em Jucurutu: 12 mm.

As chuvas do Agreste: Campo Redondo, 47; Monte Alegre, 46; São Pedro, 41; Vera Cruz, 30; Coronel Ezequiel, 28; Jaçanã, 27; Barcelona, 18; Lajes Pintadas, 16; Riachuelo e São Bento do Trairi, 14.

No Litoral, as melhores chuvas foram em Maxaranguape, 68; Parnamirim, 61; Exetremoz, 60; São Gonçalo do Amarante, 34; Georgino Avelino, 33; Baía Formosa, 30; São José de Mipibu, 29; Ceará-Mirim. Macaíba continua riscada do mapa da Emparn.

Crise ameaça a Europa

A manchete do Estadão foi “Crise grega se espalha e UE já teme pelo seu futuro”. UE aí quer dizer União Europeia. Ou a Europa inteira, incluindo o nosso querido Portugal que já anda, segundo se lê nos jornais de Lisboa, batendo as bielas. Nada a ver com o encontro lusófono de Natal.

A televisão, começando pelos canais europeus, não para de falar sobre o assunto, a partir dos tumultos das ruas de Atenas. No Estadão, a notícia está assim:

– A crise europeia se aprofunda com ameaça confirmada, de um contágio financeiro generalizado, o caos nos mercados se transforma em mortes e instabilidade social na Grécia. Investidores abandonam o euro duvidando da capacidade da União Europeia (EU) de superar seus problemas.

Enfermagem

A Assembleia Legislativa do Estado marcou para o dia 12, quarta-feira da semana que vem, uma sessão especial para homenagear os 50 anos da Associação Brasileira de Enfermagem e os 35 anos do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-RN).

Judeus do Seridó

O jornalista e escritor  José Ayrton de Lima, o Risadinha, está com novo livro no forno, Seca, Amor e Vingança, que quer lançar no segundo semestre. Nessa história, será contada a presença forte dos judeus na colonização do Seridó. O autor, que já publicou uma penca de livros, andou soprando a poeira de cartórios e sacristias.

Marqueteiro de Dilma

Li na Folha de S. Paulo: “Marqueteiro de Dilma perde poder e causa desconforto no comitê de campanha”. Detalhes da notícia:

– Há menos de um mês, o deputado estadual Rui Falcão (PT-SP), assumiu a coordenação-geral da área de comunicação da campanha da presidenciável petista Dilma Rousseff, enquanto o marqueteiro João Santana teve sua área de atuação limitada aos programas de TV do partido e do horário eleitoral.

– Segundo reportagem de Ana Flor, na edição desta quinta-feira (ontem) da Folha, as movimentações no comando de campanha causaram desconforto no comitê.

Frase de Serra

Sendo entrevistado para a Rede Record, em Porto Alegre, o pré-candidato José Serra, do PSDB, falou e disse:

– Eu não me coloco como oposição nem como situação. Eu me coloco como um candidato para o futuro.

De Nei

Nei Leandro de Castro passeava ao redor da Lagoa Rodrigo de Freitas, gozando os 19 graus que marcavam a manhã de ontem, no Rio Janeiro. No telefonema, perguntou ainda quantos lançamentos de livros ocorreram esta semana nesta brava terra de Poti mais literária. Perguntou ainda se os lusófonos já tinham voltado para suas terras lusófonas.

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