quinta-feira, 18 de abril, 2024
31.1 C
Natal
quinta-feira, 18 de abril, 2024

O balanço das chuvas

- Publicidade -

Woden Madruga
[email protected]

As chuvas de abril foram as melhores que caíram no Nordeste nestes últimos dez anos dizem os meteorologistas comparando os números de seus arquivos. Essa constatação foi feita e divulgada pela Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme).  Não li ainda (ando buscando todos os dias) o cenário dos outros estados nordestinos, incluindo o Rio Grande do Norte. Passamos da metade do quarto mês do ano com muita chuva por estas bandas.  Aguardo o relatório da Emparn. Se não temos ainda uma análise oficial confirmando se a seca foi mesmo embora, resta-nos a alegria do sertanejo antecipando a confirmação de um ano bom, com rios descendo com cheias e açudes sangrando, lavouras com boas safras, pasto engordando bois, vacas e cabras. Fartura. São João e São Pedro com muito milho verde, canjica, pamonha. Sanfona, também. Felicidade geral.

A Funceme divulgou ontem uma nota sobre as chuvas cearenses que me deixou meio bambo, sem entender mais ou menos o que estava ali escrito. Fala em “seca relativa”, que confesso não sei o que isso quer dizer, tive vontade de telefonar para Sudene, que também não sei se ainda existe. O título do anúncio da Funceme é:  “Seca relativa no Ceará apresenta redução, mas o cenário ainda é de alerta”. Destaco alguns trechos do escrito, começando pelo começo:

– O mais recente mapa do Monitor de Secas do Nordeste aponta que o Ceará fechou março com seu território ‘25,48% sem seca relativa’. Os resultados foram elaborados pela Funceme em conjunto com outros institutos de meteorologia do Nordeste e coordenado pela Agência Nacional das Águas (ANA).

– O dado ainda é considerado alarmante, pois ’74,52%’ do Estado encontra-se com algum nível de seca relativa. Porém, quando comparado com março de 2017, o cenário é melhor, pois o Estado não tinha área livre de seca naquela época. Além disso, o Ceará não possui área com o nível mais severo da estiagem. ”

A Funceme se baseou das chuvas ocorridas em fevereiro e março, os dois primeiros da dita “quadra chuvosa” que se estende até maio. Pergunto: por que não usou as chuvas de abril para fechar suas análises?  A soma de todos esses números certamente apresentaria um cenário mais otimista (verdadeiro) do inverno. Não se falaria em “seca relativa”. O que é “seca relativa”?  Na feira de Juazeiro do Norte não se fala essas linguagens.

Mas, no final do relatório da Funceme, tem uma notícia boa, dessas que a gente gosta de saber:

“Conforme a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos, as chuvas caídas na bacia de contribuição do Açude Castanhão – o maior reservatório do Estado, e uma das maiores barragens de múltiplos usos do Nordeste – elevaram as suas reservas de 139,5 milhões de metros cúbicos de água em fevereiro para 487,61 milhões de metros cúbicos até esta quarta-feira, 18.  O volume mais que triplicou no período, saltando de 2,08% para 7,28. O açude continua recebendo aportes significativos. Contudo, e necessário ressaltar que os níveis ainda são baixos, visto que o Castanhão é um reservatório estratégico não só para o Vale do Jaguaribe, como para Região Metropolitana de Fortaleza. ”

Onde choveu
Ontem, no Ceará, choveu em 36 municípios e as melhores chuvas foram região do Cariri: Baixio, 47 milímetros, Umari, 42, Lavras das Mangabeiras, 36.  Na região do Jaguaribe a melhor chuva foi em Iracema, que faz divisa com o Rio Grande do Norte, 16 milímetros. Orós, 14.

No Rio Grande do Norte, chuvas finas e poucas. Chuvas apenas no Oeste e Seridó. As melhorzinhas foram em Luís Gomes, 14 milímetros, Viçosa, 12, Major Sales, Patu e Tenente Ananias, 9.

Na Paraíba choveu bem na região do Alto Sertão, alguns municípios vizinhos com a nossa “tromba do elefante”: Marizópolis, 45 milímetros, Uiraúna (terra do grande gravurista Ciro Fernandes), 42, Cajazeiras, 40, Souza, 36, Joca Claudino e Cachoeira dos Índios, 32, Aparecida, 29, Poço de José Moura, 28.

Almino Afonso
O leitor Carlos Evangelista, funcionário do DNOCS, diz que acompanha as notícias de chuvas por esta coluna, mas que nunca leu aqui o nome de seu município Almino Afonso, “um dos mais chovidos do Estado; só num dia choveu 200 milímetros”.

Falha do mapa da Emparn, Evangelista. Tem município que nunca aparece na lista “emparniana”. Lagoa de Velhos, por exemplo, onde tenho meus alpendres, por exemplo, faz tempo que não aparece no mapa da Emparn.  Somente esta semana, de domingo para terça-feira, choveu lá, mais de 50 milímetros.

Tem município, Carlos Evangelista, que tem prefeito, tem vereador, tem assessor, mas não tem pluviômetro.

Por falar em Almino Afonso, terça-feira, agora, dia 17, foi o aniversário de nascimento (1840) de Almino Afonso, o grande abolicionista, republicano, orador maior, deputado federal e senador, que nasceu naqueles serrotes de Patu, de onde surgiu a cidade que tem o seu nome.  Houve comemorações por lá?

Livro
O empresário Manoel Anselmo de Souza, assuense de nascimento, com negócios no eixo Natal-Fortaleza, lança hoje à noite, a partir das 19 horas, na sede da Fecomércio, da avenida Alexandrino de Alencar, o seu livro “Alternativas de Gestão”.

A renda com a venda do livro será destinada ao Instituto Juvino Barreto e a APAE-Assu-RN

Monteiro Lobato
A propósito de nota publicada aqui, ontem, sobre o Dia Nacional do Livro Infantil (18 de abril), na qual dizia que não tido nenhuma notícia de comemorações em Natal, José Alves Machado me manda imeio dizendo que houve, sim.

Foi no Colégio das Neves, os alunos do Jardim de Infância comemoraram e homenagearam Monteiro Lobato.

Viva!

Cinema
O Cine Fest RN chega hoje à Praia de Pipa, telão montado na Pracinha do Pescador. Serão exibidos 11 filmes, hoje, amanhã e domingo. Começa ás 18 horas.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas