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O Brasil de Tiririca

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Woden Madruga
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Destaque nos jornais do pais a declaração de Tiririca anunciando que vai deixar a política e que não será candidato à reeleição em 2018. O palhaço enfatizou que está decepcionado com a política, está mesmo com vergonha e decepcionado com os colegas. Tiririca disso isso e outras coisas na sessão de quarta-feira, na Câmara dos Deputados. Era a primeira vez que ocupava a tribuna da casa nos sete anos de mandato (uma reeleição) representando o povo paulista. Na última eleição, 2014, teve mais de um milhão de votos, ficando em segundo lugar atrás apenas do deputado Celso Russomanno, do PRB. Também não se sabe de nenhum projeto de autoria de Tiririca durante todo este tempo. Ele é filiado ao PR o mesmo partido de Valdemar Costa Neto, que conseguiu se eleger com a sobra dos votos de Tiririca.

Sábado da semana passada Tiririca andou por Natal. Nada de missão ou programa político. Veio como cômico, humorista, palhaço, apresentando-se num show no Teatro Riachuelo. Na véspera, sexta-feira, dei uma passada pelo Cova da Onça e lá estava mestre Gaspar folheando o Caderno FDS, da TN, que publicava matéria sobre o show do humorista/deputado – “Tiririca conta sua história”.  Perguntei: “Vai ver o show de Tiririca, Gaspar? ” Respondeu com um comentário:

– Acho Tiririca muito mais engraçado como deputado de que como humorista.

O anúncio de Tiririca que não será mais candidato e abandonará a política confirma a tese de Gaspar, para quem estou levando agora um recorte da coluna de Bernardo Mello Franco, na Folha de S. Paulo de ontem, com o título “A contribuição de Tiririca”, de onde destaco alguns trechos:

– Depois de sete anos, Tiririca fez seu primeiro e último discurso como deputado. Foi o que ele disse ao subir à tribuna da Câmara e anunciar que vai deixar a política. O palhaço não parecia fazer graça. Em tom de desabafo, ele reclamou da “mecânica louca” do Congresso e se declarou decepcionado com a experiência em Brasília.

– Craque na comunicação popular, o comediante engatou uma crítica à boa vida dos colegas. “A gente tem toda essa mordomia, sem falar na carteirada que muitos de vocês dão…”.

– Apesar do discurso moralista, o palhaço imitou velhas práticas dos colegas. No mês passado, a revista “Veja” revelou que ele usou verba da Câmara para viajar e fazer show no interior de Minas Gerais.

– Se cumprir a última promessa, o deputado deixará ao menos uma contribuição à política: uma reeleição a menos em 2018.

Antônio Torres
Com o título “Para a alegria dos turcos”, Ancelmo Gois publicou em sua coluna de o Globo esta nota:

– “Essa terra”, do baiano Antônio Torres, sairá na Turquia, pela Bilgi Yayinevi, em negócio fechado pelo literário francês Stéphane Chao. No Brasil, a obra de 1976 sobre o impacto da cidade grande sobre o imigrante nordestino (caso de Torres) acabou de chegar à 28ª edição, pela Record, além, de mais três pela BestBolso”.

Notinha de WM: Essa Terra é o terceiro romance de Antônio Torres (o primeiro, Um cão uivando para a lua, é de 1972; o segundo, Os homens dos pés redondos, 1973), publicado em 1976. Tenho o privilégio de ter na estante esta primeira edição com o autógrafo do autor:

“Woden Madruga: Junto a esse presente do nosso grande Nei Leandro de Castro segue o meu abraço para você. Antônio Torres, Rio, 17.8.76”.  Seis anos depois me chega a quinta edição de Essa Terra, autografada assim: “Para Woden Madruga esta quinta edição e o abraço de Antônio Torres. Rio, 2/5/83”.

Vou aguardar agora a edição em turco, a 28ª Essa Terra já foi traduzida para o inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano e hebraico. Ou mais.

Antônio Torres, 77 anos, é da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira 23, cujo patrono é José de Alencar e o primeiro ocupante, Machado de Assis. Tem 19 livros publicados, maioria romances.

Música na livraria
Hoje tem o projeto Musica na Livraria, a partir das 11h30, na Cooperativa Cultural Universitária, Centro de Convivência Djalma Marinho, no campus da UFRN. A atração é a Orquestra Potiguar de Clarinetes (OPC). É a última rodada do ano.

Livro
Será no dia 14, na sede da Academia Norte-Rio-Grandense de letras, o lançamento do livro do acadêmico Benedito Vasconcelos Mendes, As Artes na Civilização da Seca.

Surpresa
Mudanças no secretariado do governo do Estado. Não estavam no script político nem na agenda do papai Noel. Supresas, também, nas rodas da Assembleia Legislativa, incluídas em todas, a renúncia da primeira dama Juliane Faria, que comandava a Secretaria de Trabalho, Habitação e Assistência Social, a de maior destaque na vitrine da mídia oficial.

Nestes últimos dias o governador Robinson Faria dividiu o seu tempo entre Fortaleza e Brasília. Não foi visto no Centro Administrativo nem na abertura da exposição pecuária de Jardim do Seridó.

Para a semana que vem está anunciada uma greve dos agentes penitenciários do Estado, mais um empurrão no caótico cenário da segurança pública estadual.

Tapioca
A tapioca com ginga da Redinha, deliciosa invenção da santa Dalila, é o mote da coluna Paladar, do jornal Estado de S. Paulo, de quarta-feira, 6, matéria assinada por Neide Rigo, que andou pelo Mercado da Redinha e de outras barracas por lá. Andou conversando, também, como professores do Departamento de Nutrição da UFRN.

Chuva
Há previsão de chuvas isoladas, hoje e amanhã, no sul do Ceará (região do Cariri), segundo o boletim da Funceme. É um sinal bom pros lados de cá.

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