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O Brasil reencontra seu destino

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Marcelo Alecrim
Empresário e presidente do Conselho de Administração da Ale Combustíveis S/A

As perspectivas que se apresentam ao país são muito positivas. A luz no fim do túnel que já se enxerga há algum tempo tende a iluminar todo o território, sob a crença de que o novo governo colocará a locomotiva nos trilhos. A equipe escolhida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, é das mais qualificadas e certamente haverá de aplicar a melhor receita para o desenvolvimento auto-sustentado.

O  plano de ação estratégica da nova administração se firma sobre  uma base que agrega um amplo programa de concessão e privatizações, somando cerca de R$ 150 bilhões em investimentos abarcando. São 87 projetos, dentre os quais os de rodovias (R$ 64 bilhões), ferrovias (R$ 31 bilhões) e energia elétrica (R$ 21,5 bilhões). A alavancagem da infraestrutura ganhará impulso com projetos engatilhados para a concessão  de 12 aeroportos, comportando terminais no Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. Portanto, o programa de Parcerias de Investimento (PPI) – que já leiloou 105 projetos, com previsão de R$ 228 bilhões de investimentos – terá continuidade, contando ainda com as rodadas de leilões dentro  e fora do pré-sal.

Esses números convidam interlocutores de todos os setores a acreditar que, após a maior recessão econômica de nossa história, o Brasil reencontra-se com seu destino de grande Nação.

Veremos um Estado conformado ao tamanho adequado para cumprir suas funções, com a redução do tamanho dos bancos públicos – Caixa, Banco do Brasil e BNDES- e devolução ao Tesouro de R$ 84 bilhões em aportes feitos nessas instituições. Como se deduz, as bases sobre as quais o governo iniciante trabalhará são consistentes. A venda de estatais para reduzir o rombo das contas públicas condiz com a racionalidade que inspira governos, aqui e alhures, resultando em valores tão reivindicados pelos setores produtivos, como a eficiência, a disciplina, a objetividade, o zelo pela coisa pública, a integração de estruturas.

Não temos mais dúvidas: um novo ciclo administrativo se abre em nosso país, sob o comando de um mandatário eleito sob o signo de intensas mudanças na economia, na política e na cultura. As mudanças, aliás, já começaram com a formação de uma equipe escolhida sem loteamento político e ancorada em critérios de qualificação profissional. Trata-se de algo pioneiro na administração pública, pois, como é sabido, a tradição política,  dentro do presidencialismo de coalizão, se desenvolve no balcão das trocas, contribuindo para expandir o “custo Brasil” do patrimonialismo.

O posicionamento liberal do governo Bolsonaro reanima investidores nacionais e estrangeiros. A moldura não poderia ser melhor: juros sob controle, inflação menor que a meta planejada. O IGP de dezembro, por exemplo, registrou deflação de 0,45. A indústria dá sinais de alento. O saldo da balança comercial na primeira semana de janeiro foi positivo em US$ 1,9 bilhão.

Para sermos realistas, devemos inserir em nossa análise eventual desaceleração da economia global. Se isso ocorrer, é evidente que não teremos um avanço no ritmo esperado. Porém, seja qual for o cenário internacional, um sopro de mudanças sacode os espaços nacionais, sugerindo aos gestores maior responsabilidade no exercício de suas tarefas, representantes comprometidos com o bem estar da coletividade, governos estaduais voltados para o saneamento das contas públicas. Esta é a moldura que queremos para o Brasil.

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