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O caso da Polícia

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O coronel Marcondes Rodrigues Pinheiro, comandante geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, não devia estar bem dos bofes quando deu a entrevista que saiu ontem no Diário de Natal”. Já no título, percebe-se a afetação emocional do comandante: “Todos responderão.Não posso ser condescendentes com criminosos”.

Quais são os criminosos listados pelo coronel com os quais ele não poderá transigir, condescender, ceder? São os praças, cabos e sargentos de sua Corporação que fizeram a  greve  organizada pela Associação de Subtenentes e Sargentos. Teriam cometido o crime de deserção, previsto nos regulamentos militares. E  por isso, no entender do comandante, todos serão punidos.

Já foram expulsos mais de 80. O coronel comandante espera expulsar  mais 200, cujos processos estão em execução e ocupam todos os espaços do largo e amplo birô do Comando, como se vê na foto que ilustra a entrevista, o coronel absorto nos papéis em pilha. O coronel, pelo tom de suas palavras,  parece que não tem outro objetivo que é o  de punir o batalhão inteiro e, lá na frente, pegar os líderes grevistas, no caso a diretoria da Associação e, principalmente, a sua presidente, a sargenta Regina, agravada a questão por uma  outra contenda que existe entre ela e o comandante já com demandas judiciais correndo por aí. Segundo o coronel, os líderes do movimento grevista serão julgados por crime de motim. Muito mais grave, pois, é que nos leva a fortalezas medievais. A pena poderá ser de 8 anos de cadeia.

Enquanto outros setores do governo procuram encontrar uma saída menos dolorosa – até a Assembléia Legislativa esta atuando uma mediação junto à governadora –  o coronel com a entrevista que deu ontem para o jornal associado me pareceu que está mesmo disposto a jogar azeite na fogueira.

Marola no Torto

Pelo noticiário de Brasília e seguindo as pegadas dos blogues, um pimenta malagueta aqui, outra acolá, tudo leva a crer que a reunião do presidente Lula com os governadores, ontem na Granja do Torto, não passou de outra marola do Palácio do Planalto. Pra começo de conversa, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi logo abrindo a boca (quando todos esperavam que ele abrisse o cofre) e dizendo: Não há dinheiro.

Os governadores foram na certeza de que iriam mexer no bolo da CPMF, a tal Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira. Suas excelências querem uma fatia maior. Quer dizer: mais repasses financeiros para os projetos estaduais. A CPMF tem a cara da tábua de salvação para as emergências de cada Estado. O PAC é uma outra coisa mais complicada, vai levar tempo para sair do papel, passar pelo Congresso, essas coisas todas que douram a máquina burocrática do país.

Mas aí o ministro Mantega tirou a graça da festa antes dela começar: “Não está sobrando mais nada. O governo federal já repassou o suficiente para os Estados e Municípios.”

Chuva

No boletim de ontem da Emparn só tem uma chuva boa no Rio Grande do Norte. Foi em Mossoró, de segunda-feira para o amanhecer de ontem: 65 milímetros. A segunda foi também na região Oeste, em Assu: 17. Em Governador Dix-sept Rosado passou uma fininha de 7 mm.

Nada no Seridó. Nem no Agreste e nem na Central-Cabugi.

No Estado do Ceará choveu bem mais, pegando 50 municípios. A maior  chuva foi no Litoral Norte, município de Granja: 64 milímetros. Em Jaguaruana, na região do Jaguaribe, do outro lado da nossa Baraúna, a chuva foi 52 mm.

Sinal

Enfim, depois de 214 anos, a Prefeitura de Natal colocou um sinal luminoso (farol) de trânsito no cruzamento da rua dos Canindés com a avenida Presidente Quaresma, exatamente na cabeceira da Feira do Alecrim.

Espera-se que agora, acho que sim, acabe a loucura que é tentar atravessar aquela terra de  ninguém nos sábados, dia da feira.

Agricultura

Tereza Cruvinel, em sua coluna política de O Globo, de ontem, levanta a possibilidade do Ministério da Agricultura ser incluído no dote do PMDB. O partido reivindica quatro ministérios. Já tinha dois, vindos do primeiro mandato de Lula: Comunicações e Minas e Energia. Ganhou um terceiro, anunciado anteontem, do  Integração Nacional, para o deputado baiano Geddel Vieira Lima.

O PMDB lutava pelo ministério da Saúde, já prometido pelo presidente para o dote do governador do Rio de Janeiro. O partido não considera seu esse ministério.

Cícero Dias

Pernambuco comemora o centenário de nascimento do seu grande pintor Cícero Dias. Leio na coluna Repórter JC, do Jornal do Commercio, que a Companhia Editora de Pernambuco está lançando hoje uma edição, em fac-símile, de Casas-Grandes  & Senzalas, com cinco litografias de Cícero Dias e texto de Gilberto Freyre. A edição original é de 1977, quando dos 45 anos de Casa-Grande .O suplemento cultural do Diário Oficial faz também uma homenagem ao pintor, que viveu a maior parte de sua vida em Paris. Publica de Fernando Monteiro o texto “Compadre Picasso”.

Do CEI

O colégio CEI comemora amanhã seus 35 anos de atividades. É detentor do primeiro lugar no Rio Grande do Norte da avaliação do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio).

Marca de fantasia

Lendo Dora Kramer, em sua coluna de O Estadão:

– O simples fato de o governo batizar as medidas educacionais para melhorar o setor de PAC da Educação – sem uma denominação específica que traduza o conteúdo do plano – já demonstra o caráter de marca fantasia da sigla.

– Serve para qualquer iniciativa. Para a economia do termo “crescimento” ainda guarda relação com a coisa em si. Mas “crescimento” em educação, convenhamos, é no mínimo uma idéia desprovida de sentido lógico.”

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