Henry e Clement Studebaker começaram a produzir carroças “Conestoga”, muito populares na época do Velho Oeste, em South Bend, Indiana, nos Estados Unidos. As operações da “Studebaker” ficaram naquela cidade até 1965, quando a empresa – em eternas dificuldades financeiras – transferiu suas instalações para o Canadá (em 1966, a marca encerrou suas atividades). Lamentável, pois a “Sudebaker” sempre foi conhecida, inclusive no Brasil, como uma marca avançada no tempo, em especial em termos de design.
No ano de 1953, com uma experiência acumulada de um século de história no setor de transportes, a empresa iniciou a produção de um automóvel de modelo esportivo, de nítida inspiração nos carros europeus da época. Ray-mond Loewy, o fantástico e famoso “designer”, concebeu, assim, o belíssimo Studebaker Starliner. Decorridos dois anos, a “Studebaker” resolveu reviver o nome President, que estava fora de uso desde a década de 30. O modelo a ser produzido seria um luxuoso sedã de quatro portas, mas ficou a opção de um esportivo. Decidiram, então, trabalhar em cima do Starliner, aplicando nele muito luxo e uma profusão de cromados que, praticamente, “matou” o desenho original de Loewy, como se pode notar pela grade e pára-choque dianteiro, e também detalhes no capô, teto e combinação de pintura em dois tons.
Internamente, um upgrade digno dos anos 50. Bancos revestidos em couro, que lembravam os dos modelos dos anos 30. Além disso, o automóvel tinha direção servo-assistida, transmissão automática, servo-freio, aquecedor, desembaçador, bancos elétricos, marcadores diversos (temperatura da água, do nível de gasolina, da pressão do óleo, amperímetro e conta-giros), relógio elétrico, vidros de acionamento elétrico, faróis auxiliares, luzes sob o painel de instrumentos, lavador de pára-brisas e era disponível apenas nas cores “Sun Valley” com “Hialeah Green”.
O motor era o 259, V8 de 185 cv, com quadrijet e válvulas nos cabeçotes. Foram produzidas apenas 2.215 unidades do Speedster 55.
