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O choro de Pixinguinha

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Na coluna de ontem falei em nota rápida sobre o Dia Nacional do Chorinho que acontece, domingo, agora, 23, que é o aniversário de nascimento de santo Pixinguinha, um dos nossos gênios musicais. Carioca nascido em 1897 e registrado em cartório com o nome de Alfredo da Rocha Viana Filho (lá se vão 120 anos), mas reverenciado no mundo inteiro por Pixinguinha, apelido ainda da juventude que se misturava com um outro, o primeiro – Pinzindim. Mas isso é uma outra história.  O que importa mesmo é ouvir sempre as suas músicas, valsas, sambas, choros e chorinhos. Domingo, agora, principalmente.

Aí, abrindo a coluna de Ancelmo Gois, de O Globo, de ontem, dou de cara com a nota sobre Pixinguinha, notícia que se relaciona também com o Instituto Moreira Salles e que apresenta um vídeo que juntam Chico Buarque, Monarco, Joyce Moreno, Zélia Duncan e Carminho, a excepcional cantora portuguesa, cantando “Carinhoso”. Como diria o Professor Ulisses de Goes “é uma benção de Deus! ”. Transcrevo a nota de Anselmo:

– Já imaginou Chico Buarque, Joyce Moreno, Zélia Duncan, Monarco e Carminho cantando o clássico “Carinhoso”, do mestre Pixinguinha (1897-1973)? Pois veja abaixo que maravilha ficou. É que, amanhã, entra no ar o site Pixinguinha.com.br, feito pelo Instituto o Moreira Salles, onde está o acervo do gênio. No domingo, o auditório do IMS, na Gávea, receberá uma celebração pelos 120 anos de nascimento de Pixinguinha”

Claro que emendei a leitura clicando o vídeo. Bizei umas dez vezes.  Um encantamento: “Meu coração / Não sei porque…”.  Evidente que, a partir de hoje, todos os dias irei acessar o saite de Pixinguinha. É um santo remédio para se afastar das mazelas de Brasília e de seus condados. Ouvir Pixinguinha, sempre. Ele também está na lista dos preferidos do poeta Moacy Cirne, que gostava de organizar as listas dos melhores livros, dos melhores filmes, das melhores músicas, das melhores cachaças.  Abro a gaveta e encontro um exemplar de seu “Balaio Incomum/Folha Porreta”, número 936, do ano  de 1997, Rio de Janeiro.

Está lá: “Para uma discografia amorosamente porreta”, Moacy Cirne, listou Pixinguinha entre Handell, Debussy, Duke Ellington, Charles Mingus, Charlie Parker e Radamés Gnatalli. O disco destacado de Pixinguinha é o “São Pixiguinha”, gravado pela Odeon/EMI. Moacy escreveu assim: ]

– Um clássico da música popular brasileira, com a participação, ao lado de Pixinga, de outro mestre do chorinho: Altamiro Carrilho. Inclui várias composições de Pixinga (“Um a zero”, “Desprezado”, “Um gato e o canário”, “Samba fúnebre”, “Gargalhada”, “Urubatan”, “Pula sapo”, “Carinhoso”, “De mal pra pior”, “Samba do urubu” (algumas em parceria) e a célebre “Odeon” (de Ernesto Nazareth. Gravação de 1977.

Num outro número do Balaio, Moacy voltaria a escrever sobre Pixinguinha. A nota tem o título de “Um centenário musical por excelência”:

– Se vivo fosse, Alfredo da Rocha Viana Júnior (1897-1973), também conhecido por Pizindim, Bexiguinha e, sobretudo depois de 1956, Pixinguinha, o maior músico brasileiro de todos os tempos, estaria completando agora, em abril, um século de vida.  Para homenageá-lo, estamos publicando duas seleções de discos de choro. Afinal, para o ‘Balaio’, o chorinho, o samba, o frevo e o baião constituem a própria essência da musicalidade/sonoridade brasileira.

Livro  Hoje, na Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, a partir das 18h30, teremos o lançamento de o Rastejo, primeiro romance de Humberto Hermenegildo de Araújo, autor de ensaios literários e poeta. Também professor de Literatura da UFRN e que acaba de ser eleito para a Academia.

Rastejo está entre as minhas melhores leituras deste ano, desfrutadas nos alpendres silenciosos das Queimadas.

Imortal
Como se esperava, o médico e professor Daladier Pessoa da Cunha Lima foi eleito (terça-feira) para a Academia Norte-Rio-Grandense de Letras. Votação unânime, 29 votos. Vai ocupar a cadeira n. 3, sucedendo ao acadêmico José de Anchieta Ferreira.

A cidade de Nova Cruz tem agora três imortais: Diógenes da Cunha Lima, Cassiano Arruda e Daladier, que é irmão de Diógenes.

Chuva
Nenhum chuvisco, de terça-feira para o amanhecer de ontem, quarta, por estas bandas do Rio Grande do Norte. O mapa da Emparn amanheceu ontem zerado.

Na Paraíba meia dúzia de chuviscos não passando dos 3 milímetros. No Ceará a Funceme registra chuvas em apenas 23 municípios. A maior delas foi em Crateús, parede-meia com o Piauí, 23 milímetros.

Caprifeira  Começa amanhã, e vai até domingo, a Caprifeira de São Paulo do Potengi (tem também boi e vaca do plantel da Emparn), já no seu vigésimo ano. Ela abre o circuito de exposição agropecuárias promovidas pela Secretaria de Agricultura do Estado.
Apesar das poucas chuvas que tem caído na região, o pessoal está animado.

De Economia  Da jornalista Miriam Leitão, em sua coluna de O Globo:
– A forte alta do IBC-Br, registrado pelo Banco Central, em fevereiro, de 1,3%, não é ainda a retomada do crescimento. O país está tentando neste começo de ano sair da recessão e está conseguindo, mas a recuperação do PIB perdido nos dois últimos anos será lenta. O que começa agora a aparecer são os primeiros sinais de que o pior está passando. O IBC-Br foi o dado mais eloquente.

Eleição  Domingo tem eleição para presidente da França. Quatro candidatos praticamente empatados disputam o primeiro turno. O jornal El Pais abriu esta manchete:  “Empate quádruplo deixa indefinido o primeiro turno”.
Tem uma mulher na jogada, Marine Le Pen, da extrema direita. A extrema esquerda está representada pelo candidato Jean Luc Mélenchon. Emanuel Macron, do centro, e François Fillon, conservador.

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