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O confronto dos “mais queridos”

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PREPARAÇÃO -  Estádio Maria Lamas Farache recebe os últimos retoques para o jogo mais esperado do ano Tão diferentes, mas tão semelhantes. A afirmação pode parecer contraditória, mas no caso de ABC e Flamengo ela não é. Diferentes nas cores, no Estado de origem e na posição que ocupam no cenário do futebol nacional, os dois clubes têm uma raiz em comum: o povão. Esses dois gigantes das torcidas se enfrentam quarta-feira, no Frasqueirão e o jogo promete muita emoção e já faz aflorar paixões e lembranças de um passado de glórias.

Participante ativo em dois desses confrontos, 1972 em Natal e 1976, no Rio de Janeiro, o ex-craque e ídolo da torcida abecedista, Danilo Menezes ainda se emociona ao lembrar dos jogos e garante que estará no jogo, torcendo pelo ABC. No jogo disputado em 1972, no então estádio presidente Castelo Branco – “Castelão”, o 0 a 0 histórico marcou o melhor resultado Alvinegro frente ao clube carioca O ABC jogou com: Tião, Sabará, Nilson, Edson, Rildo, Maranhão, Danilo Menezes, Libânio, Alberi, Petinha e Soares.

Em 1976, jogando no Maracanã, a equipe abecedista saiu derrotada por 2 a 0. “Lembro bem deste jogo. O Flamengo tinha Zico, Andrade e Adílio. Era um supertime. Só deu Flamengo o jogo todo e olha que o nosso time era muito bom também”, relembra Danilo.

Naquela oportunidade, o “Galinho de Quintino” marcou dois gols e outro personagem da história do ABC, Hélio Show, goleiro da época fez questão de ressaltar que um dos gols foi irregular. “Ele levou a bola com a mão, na cara do juiz e ele não disse nada”, dispara. Na mesma temporada, Hélio afirma que já passara 1.300 minutos sem tomar um gol. “Naquela época ninguém na Federação se preocupava em registrar esses dados históricos e isso não foi registrado”, reclama o ex-goleiro que, assim como Danilo Menezes reforçará o coro da torcida abecedista.

Passado à parte, ambos os ex-craques concordam com a importância história do jogo de hoje. “Para o ABC é a glória. É uma história a mais para o clube. Não importa que o Flamengo não tenha mais Zico, a camisa do time ainda é muito respeitada”, analisou Hélio Show. “Esse jogo é muito importante para o ABC e para a torcida também. Só em ser no Frasqueirão já promove nacionalmente o estádio e o próprio clube. Essa partida define, daqui para frente, as possibilidades de futuro do ABC”, acrescenta Danilo Menezes.

Se em 1976 o Flamengo tinha Zico, Andrade, Adílio e Júnior; o ABC tinha Hélio, Fidelis, Pradera, Wagner, Vulca, Drailton, Danilo Menezes, Noé Soares, Noé Silva, Joel e Zé Carlos. “Não podemos nem comparar ou traçar paralelos com os dias de hoje. O Flamengo era um time excepcional, hoje é bem inferior. O ABC também é outro e a motivação, por se tratar de um campeonato nacional também era outra”, avalia Danilo.

Hélio Show vai mais longe e faz críticas ao atual time do ABC. “O ABC não merece ter um time ruim. A diretoria tem que investir na base, procurar jogadores no Interior do Estado e melhorar. Mas, mesmo com esse time eu ainda acredito mais no ABC. O Flamengo também não é mais o mesmo, está com uma bola bem murcha e, se tiver garra dá para fazer um bom placar aqui e sair para decidir no Rio”, finalizou.

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