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O consumo dos vinhos digestivos

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O consumo de vinhos digestivos, os vinhos de sobremesas, na nossa cidade, ainda é infinitamente pequeno, mas o número de opções disponíveis no mercado nacional e local aumenta a cada ano. O baixo consumo se dá em parte porque os licores fizeram história ao longo do tempo, conquistando um importante espaço na mesa dos natalenses, e em parte por desconhecimento mesmo.

Outra justificativa para o baixo consumo talvez seja a memória que trazermos no nosso inconsciente coletivo, dos vinhos de mesa suaves, de baixa qualidade, outrora amplamente consumidos no Brasil inteiro. Mas o fato é que os vinhos digestivos, diferentemente dos vinhos de mesa suaves, são vinhos doces naturais, isto é, o açúcar que lhes aporta doçura, é residual (da própria uva, açúcar não fermentado), ao passo que os vinhos de mesa suave, recebem adição de açúcar de cana. Ao final de uma refeição uma taça de vinho do Porto, de Late Harvest (vinho de colheita tardia), ou mesmo de um Espumante Moscatel, antes de pedir a conta, além de ser muito prazeroso, quando bem compatibilizado com a sobremesa, é também bastante salutar.

Os vinhos digestivos estão associados ao Grand Finali de uma refeição, primeiro porque combinam por semelhança com os pratos doces de sobremesas, e depois porque repõem a glicose perdida com a queima de açúcares gerada pela digestão. Esta categoria de vinho é bastante diversificada existindo nas versões: branco, rosado e tinto. Quanto ao tipo, estes vinhos podem ser tranqüilos, espumantes e fortificados. Entre os fortificados encontram-se o Vinho do Porto (o mais conhecido), o Vinho da Madeira e o Moscatel de Setúbal, todos portugueses. O Jerez doce é o seu equivalente espanhol.

Os fortificados, por terem graduação alcoólica maior, e mais extrato seco, são mais adequados as sobremesas de sabores marcantes, notadamente as preparadas com menta, café, chocolate e frutas secas como a noz e outras oleaginosas. Entre os não fortificados encontram-se os de colheita tardia, produzidos em diversos países mundo afora com uvas desidratadas, e os muito especiais “botritizados”, a axemplo do Sauternes francês, do Trokenbeerenauslese alemão, e do Tokaji Húngaro. Estes são perfeitos para harmonizar com tortas diversas, crème brûlée, doces conventuais, etc.

Já entre os Espumantes encontram-se os Espumantes Doces, produzidos em diversos países, o Asti italiano e a sua versão brasileira, o nosso espumante Moscatel, que são mais adequados às sobremesas mais leves a base de sorvetes, saladas de frutas, crepes doces, etc. A temperatura de serviço destes vinhos varia entre 6ºC a 8ºC para os espumantes e brancos doces tranqüilos, e entre 12ºC e 14ºC para os vinhos tintos fortificados. Quanto à melhoria do consumo, é tudo uma questão de hábito que com a continuidade gera o gosto adquirido e, por conseguinte expressividade de consumo.

Viagem ao Universo do Vinho

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