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O disco compartilhado de Caio Padilha

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Yuno Silva
Repórter

“Chega uma hora que é preciso buscar alternativas e arregaçar as mangas. A arte é uma via de mão dupla, e o público pode sim ajudar”, disse Caio Padilha, ator-cantor, compositor e instrumentista que tenta viabilizar a gravação do disco “Arrivals: rabecas e arribaçãs” através do financiamento coletivo – sistema também conhecido pelo palavrão ‘crowdfunding’. Caio está na reta final da campanha para conseguir arrecadar os R$ 10 mil necessários: até ontem, o site Catarse (catarse.me/pt/caiopadilha) informava doações de quase 60% desse montante. Interessados em colaborar podem contribuir até o próximo dia 8 de abril com valores a partir de R$ 25, e para cada faixa de doação são oferecidas recompensas exclusivas que vão desde disco autografado a cadeira reservada no show de lançamento.
Caio Padilha quer concretizar “Arrivals: rabecas e arribaçãs”
De acordo com as regras do Catarse, se uma proposta não atingir 100% do valor arrecadado o dinheiro investido é devolvido a quem colaborou – que também pode optar por transferir para outro projeto. “É tudo ou nada, assim que funciona”, disse o músico por telefone ao VIVER, adiantando que a semana será de muito trabalho e “compartilhamento” nas redes sociais. Um plano B está sendo considerado pelo artista “para qualquer coisa, em último caso, dar um jeito” de completar o dinheiro. “Por isso quero chegar o mais próximo possível e garantir essa gravação”.

O disco físico terá tiragem limitada, com encarte caprichado para quem adquirir o CD, pois a intenção primordial é fazer o registro profissional do repertório para em seguida disponibilizar na internet. “Arrivals é minha chegada, é meu rebento livre, minha saudade do que gostaria de ter vivido, em um lugar que já nem é mais”, escreveu Caio sobre o novo trabalho que faz homenagem ao pai Almir Padilha, 57, cantor e compositor que fez algum sucesso nos anos 1980 com músicas como “Forrofolia”, “Ai, saudade” e “Gargalheiras”, além de participar com destaque de festivais.

Em “Arrivals: rabecas e arribaçãs”, Caio Padilha traz canções inéditas próprias e outras do pai, caso de “Desalinho” composta nos anos 1970 e ainda não gravada. Acompanhado pelos músicos Sami Tarik (percussão), Bruno Sirino (sanfona), Bruno César (flauta) e Rafael Gomes (violão de aço), Caio convidou Sílvia Sol e Almir para dividir os vocais, respectivamente, em “Olhos de Arribação” e “Vadiação de Vaqueiro”.

Ele contou que já começou a gravar as bases e que pretende lançar o álbum em dezembro deste ano, “assim que voltar da turnê” Palco Giratório/Sesc com o Grupo Estação de Teatro, do qual faz parte como ator-cantor (no espetáculo “Estação dos Contos”), produtor musical e operador de som (no espetáculo “Guerra, Formigas e Palhaços”).

Vale lembrar que “Arrivals” foi apresentado ao público em abril de 2014, durante show intimista e acústico no auditório do IFRN-Cidade Alta. Na ocasião, a apresentação foi pontuada por citações que costuraram a sequência do repertório. “Vamos manter a mesma ordem das músicas, intercaladas por recitações (feitas pelo ator Opedro Queiroga), pois tudo tem uma coerência e uma razão de ser e para estar ali”, garante o músico, eleito Destaque Instrumentista (rabeca) pelo Prêmio Hangar 2014.

Serviço
Financiamento coletivo do disco inédito e autoral “Arrivals: rabecas e arribaçãs”, de Caio Padilha, através do Catarse (catarse.me/pt/caiopadilha). Colaborações a partir de R$ 25 até dia 8 de abril.

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