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O farol do mundo

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Alex Medeiros 
Quando Joe Biden subiu ao palco no sábado à noite para fazer o discurso da vitória no Chase Center, pertinho da sua residência em Delaware, a esquerda brasileira começou a descer do pedestal das ilusões onde depositou velas pedindo que finalmente os EUA estivesse enfim com um presidente alinhado com os preceitos e desejos socialistas. Mas o quadragésimo sexto presidente americano pregou o retorno do protagonismo geopolítico dos EUA no mundo.
Bradou Biden à multidão: “Esta noite o mundo inteiro está olhando para a América, a América é um farol para o mundo, nós vamos liderar não apenas pelo exemplo do nosso poder, mas também pelo poder do nosso exemplo”. E logo depois tratou de fazer um apelo pela unidade nacional e enviar congratulações e pedir compreensão aos eleitores de Donald Trump. No discurso do vencedor, a única coisa que transmitiu algum sinal de esquerdismo foi sua vice ao lado.
A verdade é que a esquerda brasileira não compreende que com mais de duzentos anos de democracia e do destino do povo americano sendo decidido pelo voto, nunca houve um presidente de esquerda assumindo a Casa Branca.
O sistema político dos EUA é um exemplo de unidade conservadora, uma dicotomia partidária alicerçada sob bases cristãs e onde o culto ao deus judaico é visível em tudo, desde as cédulas de dólar aos ambientes dos poderes. 
Não houve um só presidente em dois séculos que não tenha feito alusões a essa religiosidade, como fez Biden falando aos eleitores que não votaram nele “Não são nossos inimigos. São americanos. A Bíblia nos diz que para tudo há um tempo, para construir, plantar, colher, curar”.
Poucas horas depois do líder oposicionista na Venezuela, Juan Guaidó, postar mensagem felicitando sua vitória, Joe Biden mandou recado ao povo venezuelano, que sofre com a ditadura comunista de Maduro: “aos venezuelanos que fogem para a América, não os tratarei como fugitivos ilegais”. 
Aliás, este foi um dos muitos motivos que fizeram o jornalista britânico Glenn Greenwald a dizer que a esquerda brasileira se equivoca sobre Biden. Amigo do ex-deputado Jean Wyllys e vivendo com um deputado brasileiro, o jornalista ganhou destaque na Folha de S. Paulo numa entrevista dada à colunista Mônica Bérgamo, espécie de porta-voz improvisada dos interesses do PT, PSOL e PCdoB. 
Greenwald discorreu sobre a carreira de Biden, que está na política há quase meio século sendo financiado por bancos e empresas de cartões de crédito e que por várias vezes foi ferrenho defensor das intervenções bélicas dos EUA, como a invasão do Iraque durante o governo George W. Bush, que na atual campanha o apoiou mesmo não sendo democrata.
Coincidência ou não, o fato é que 48 horas após Joe Biden vencer matematicamente a eleição americana, os dois principais países do eixo esquerdista no mundo, China e Rússia, ainda não o parabenizaram e não declararam o reconhecimento da sua vitória. 
O argumento, talvez disfarçado, é o fato da Justiça dos EUA ainda não ter decretado Joe Biden presidente. Outro grande país que também não reconheceu ainda é o Brasil, mas o motivo aqui é a relação pessoal do presidente Jair Bolsonaro com Donald Trump. 
Creio que isso não vai demorar, o governo brasileiro logo vai lembrar que as relações históricas entre as duas nações estão além das personalidades de seus dirigentes. O México também irá se manifestar assim que a Justiça protocolar a vitória. 
No mais, para o recalque da esquerda, o que vai acontecer é que Donald Trump vai sair da Casa Branca, Joe Biden vai entrar e os EUA continuarão aquela mesma nação do jeitinho que a gente sabe e como o novo presidente definiu: o farol do mundo.
Bancada
Não é apenas em Macaíba, mas em várias cidades potiguares as facções do crime organizado resolveram financiar candidatos para aumentar seu poder de influência. É possível que elejam vereadores em pelo menos oito cidades.
Unidade
Joe Biden resumiu numa frase com caligrafia de jornalista assessor sua intenção de reforçar a velha condição de nação una e centrada no orgulho de centro do mundo: “não vejo estados vermelhos e azuis, mas estados unidos”.
Covid-19
A mídia de necrotério divulgou ontem com ares de terror que o mundo atingiu a marca de 50 milhões de casos de coronavírus, mas esconderam que quase 40 milhões estão curados e que só o aumento de casos gera imunidade coletiva.
Zoofilia
Um candidato a vereador do PT em Caldas Novas (GO), estuprou uma cadela e fugiu da polícia. Lembrou entrevista de Lula na Playboy, em 1979: “moleque de 10, 12 anos, naquele tempo já tinha experiências sexuais com animais”.
Desvios
Uma fonte no MP garante que a instituição e a PF já estariam atentas quanto aos esquemas de desvios de recursos do fundo partidário para finalidades pessoais de candidatos, através de pagamentos de marketing e de pesquisas.
Tragédia
Dados oficiais revelaram ontem que em Pernambuco mais de 200 escolas privadas foram à falência com a pandemia. Já no RN, há diversos casos em Natal e no interior, mas o sindicato do setor não tem um número específico.
Eleição
A sessão virtual de hoje, às 17h, do Conselho Estadual de Cultura terá eleição para a presidência e deverá reconduzir o escritor e médico Iaperí Araújo para mais um mandato. Candidaturas podem ser inscritas até durante a sessão.
Baião
Logo mais, a partir das 20h, tem a live “Nós no Baião” com o trio Galvão Filho (voz, violão e percussão), Lipe Guedes (sanfona) e Ivando Monte (voz e violão). O show será transmitido no Facebook e Instagram de Galvão e Ivando.
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