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O fator Temer

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Lydia Medeiros

Desde que Michel Temer anunciou a decisão de intervir na Segurança Pública do Rio de Janeiro predominam críticas e ceticismo entre políticos. Michel Temer uniu a esquerda e a direita. Líderes petistas ontem calculavam a duração de uma sensação de segurança da população. Torcem para que não se estenda até a eleição. O PSOL, habitual crítico da “judicialização da política”, correu ao STF: quer suspender a intervenção. À direita, o candidato Jair Bolsonaro atacou. O problema de todos é: E se der certo? Opositores perderiam o discurso. O presidente, hoje impopular, se fortaleceria e ganharia condições para negociar um acordo com Geraldo Alckmin. Seria a reunificação de grande parte das forças políticas paulistas em torno de um projeto eleitoral.

Postal do Cerrado
Sebastião Salgado foi festejado ontem no Supremo Tribunal Federal, em ato que marcou a doação de 18 obras que retratam a Amazônia. O fotógrafo retribuiu os elogios: “Essa é a Casa que materializa a ética”, disse.

Peso do passado
Ontem, na reunião do Conselho da República, o general Villas Bôas, comandante do Exército, cobrou regras claras para a atuação dos militares durante o período de intervenção no Rio de Janeiro. Disse que a tropa precisa de suporte jurídico porque não quer correr o risco de uma nova Comissão da Verdade — que apurou crimes durante a ditadura militar. A reivindicação dos militares não é nova. Desde 1988, já foram chamados para 130 Operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLOs). Até hoje não há um regulamento.

Novos atores
A intervenção no Rio de Janeiro deve mexer no cenário eleitoral da capital. O PDT, que mantém conversas com Eduardo Paes (PMDB), está se animando com a candidatura da deputada estadual Martha Rocha. Com a cúpula do PMDB na cadeia e o debate eleitoral pautado pela Segurança Pública, a aposta é que a delegada, primeira mulher na História a chefiar a Polícia Civil no Rio de Janeiro, se fortaleça.

Boas-vindas
Ao escolher Laura Carneiro como relatora da intervenção no Rio de Janeiro, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, deu holofotes a uma aliada. A deputada deve deixar o PMDB de Michel Temer, na janela partidária de abril, rumo ao DEM, legenda de Rodrigo Maia. Laura votou a favor do prosseguimento da denúncia contra Michel Temer, no ano passado.

União estável
Mesmo sem Luciano Huck, o namoro entre o PPS e o Agora! ficou sério. Hoje, num ato público em Brasília, o partido e o movimento oficializam a união com uma carta compromisso. Prometem apresentar, em um ano, um plano para a “atualização e o revigoramento da vida partidária e sua relação com os movimentos da sociedade, com base na transparência, democracia interna e participação cidadã”. O PPS oferecerá aos integrantes do Agora! as mesmas condições que têm seus filiados para candidaturas em outubro.

Agência contestada
Cerca de dois meses depois de a Justiça Federal manter normas da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) em relação ao mercado de cabotagem no Brasil, as empresas que vinham contestando as regras decidiram recorrer ao TCU. O ministro Bruno Dantas deu 48 horas para a agência se manifestar sobre a regulação do mercado. O Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma) entende que as ações têm o objetivo de enfraquecer o poder da agência.

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