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O folclore natalense

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Como hoje é sábado temos lançamento de livro no Sebo Vermelho, no horário de sempre: das 9 horas ao meio dia, na calçada famosa da avenida Rio Branco, 705, na Cidade Alta, onde já foi o terreiro da Casa da Música de Gumercindo Saraiva e, mais adiante, coisa de uns 50 metros, o Granada Bar, de Nemésio  Morquecho. Natal dos anos 1950. Todos se cruzavam por aquelas calçadas, inclusive o autor do livro que será lançado, o grande Veríssimo de Melo, figura marcante da vida cultural da província, prosador incomparável jogando em todas as posições: jornalista, folclorista, etnógrafo, escritor, professor, compositor também. Pluralíssimo, Vivi! Sem falar seu especial ofício em escrever cartas. Sua correspondência é riquíssima.

O seu livro que o Sebo Vermelho lança nesta manhã é o o Populário Natalense. Trata-se de uma edição fac-similar. A original é de 1955, publicada pela Biblioteca da Sociedade Brasileira de Folk-Lore, com apresentação de Luís da Câmara Cascudo que, às folhas tantas, vai dizendo:

– Este POPULÁRIO NATALENSE é o décimo-oitavo livro de Veríssimo de Melo, o “Mestre Vivi”. Apenas nove anos distam do ADVINHAS. Já o folclorista menino de ontem evidenciava o jovem mestre que hoje vive. Nunca aceitou o Folk-Lore como um amável e fácil registo de curiosidades, de cousas pitorescas e motivadoras de riso ou surpresa. Sua escola de trabalho foi o esforço bibliográfico, a leitura paciente, alargando cada dia o âmbito dos conhecimentos e afastando os horizontes que a vaidade sempre pretende imobilizar ao alcance da mão. ”

Na abertura do livro, Veríssimo de Melo escreveu: “Populário Natalense” reúne artigos e ensaios publicados na imprensa do país e do estrangeiro, nos últimos anos, sobre variados aspectos do folk-lore. Todos estes trabalhos foram agora ampliados em documentação, notas de cotejo, informações bibliográficas. A própria redação foi alterada em muitos pontos. ”

Diz mais:

– Por medida de economia, entretanto, fui forçado a suprimir vários artigos inicialmente programados para este volume, inclusive a bibliografia. Aparecerão, futuramente (…)”

Abimael Silva manteve, nesta edição fac-similar, a capa do original, que é de autoria de Arialdo Pinho, arquiteto (sem diploma) mineiro que marcou a vida cultural de Natal na década de 1950. Autor de vários projetos que enriqueceram a nossa arquitetura, residências e prédios públicos e privados.  O prédio do Cinema Nordeste, por exemplo, é dele. Também o da sede da Sociedade de Medicina, na avenida Hermes da Fonseca, ao lado do Museu Câmara Cascudo, da UFRN. A concepção deste projeto teve a parceria do médico Eudes Moura.

Gostei de rever a capa de Arialdo, que colocou um galo, tipo o de Barcelos (pode ser também o de São Gonçalo do Amarante), por sobre a Fortaleza dos Reis Magos encimado com o nome de0 Veríssimo de Melo em traços caligráficos.

Prêmio Camões
  O poeta e escritor português Manoel Alegre é o vencedor do Prêmio Camões deste ano, o mais importante prêmio literário da língua portuguesa O anúncio aconteceu quinta-feira no Rio de Janeiro. O ganhador do ano passado, foi o brasileiro Raduan Nassar.

Além de escritor – com mais de trinta obras publicadas e detentor de vários prêmios em Portugal -, Manoel Alegre (Manoel Alegre de Melo Duarte) é político.  Foi deputado à Assembleia da República por mais de 30 anos e ministro no Governo do presidente Mário Soares. Disputou duas eleições para presidente da República. Tem 81 anos. Foi comunista e depois ingressou no Socialismo.

Do IPVA
Do leitor Ubirajara Holanda Cavalcante recebi o imeio que se segue:

– A ousadia de escrever-lhe é com a finalidade de pedir ajuda para registrar o meu protesto, quem sabe até surgir uma matéria no caderno de Economia, sobre o pagamento do IPVA em nosso Estado.

– O pagamento do IPVA no Rio Grande do Norte, neste ano, é feito exclusivamente no Banco do Brasil e nos seus correspondentes bancários. Imagine numa país onde existem centenas de bancos se determinar exclusividade de um pagamento num só banco. Isso significa que o cliente de um outro banco tenha de pegar duas filas: uma para sacar o dinheiro e a outra para se dirigir e pegar a fila do banco recebedor. Tudo isso em plena tecnologia digital, mais internet.  Haja sofrimento para o contribuinte sofredor e cumpridor das suas obrigações com os impostos.

– Hoje, no Rio Grande do Norte, só tem uma coisa mais difícil de se pagar. É a famigerada GRU (Guia de Recolhimento da União), que nem no correspondente bancário do BB se paga, pois, é exclusiva nas agências do BB.

– Pensando nos cidadãos do nosso Estado e pelo que leio na sua coluna da Tribuna, imaginei que você podia ajudar-me a dá voz ao meu protesto.

Chuva  Chuvinhas enganosas, as da manhã de ontem em Natal e arredores. No placar da Empar, a chuva de Natal foi só de 2,9 milímetros. Nas minhas contas, pelo o que caiu no Barro Vermelho, calculava uns 15 milímetros.

A maiorzinha do Estado carente foi a de Extremoz, 12,9 milímetros, Ceará Mirim, 4,8, Senador Georgino Avelino, 4,1.

No Ceará, terceiro dia emendado sem nenhuma chuva. Na Paraíba, chuviscos em sete municípios.

Padre Miguelinho  Segunda-feira que vem, 12, coisa das 19h30, tem sessão especial na Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, em parceria com o Instituto Histórico e Geográfico e a Academia Norte-Rio-Grandense de Letras Jurídicas, para comemorar o bicentenário do Padre Miguelinho, que é o Patrono da cadeira 1 da Casa fundada por Câmara Cascudo, ocupada atualmente pelo acadêmico Cláudio Emerenciano.

Foram escalados quatro palestrantes: o próprio Cláudio, mais Vicente Serejo, Jurandyr Navarro e Edgar Ramalho Dantas.

De Joyce  Começa segunda-feira, 12, na UFRN, mais um Bloomsday, agora já na 31ª, edição, onde se celebra a literatura e cultura irlandesas. São três dias de palestras, debates e intervenções artísticas. A abertura será ás horas no auditório D do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA).

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