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O gigante Gene Hackman

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Alex Medeiros
Não gosto de falhar com meus ídolos, sou um assíduo fazedor de homenagens deles todos (são muitos), na alegria e na tristeza. Se alcançam glórias, me estendo em exultantes parágrafos; se morrem, me desmancho em culto narrativo como um simplório devoto. E ontem, ao ver pela enésima vez “Mississipi em Chamas” (no Telecine), me toquei que fiquei devendo uma crônica a um monstro do cinema, Gene Hackman.
Com atraso de dois meses, reparo o erro para tecer loas a um dos maiores atores de todos os tempos e que no dia 30 de janeiro completou 90 anos, motivo suficiente para ter registrado a data aqui. Meu esquecimento me fez lembrar de dez anos atrás, em 2010, quando escrevi crônica pelos seus 80 anos, e até reclamei de não ter tido na mídia americana o mesmo destaque dos 80 de Clint Eastwood.
Revendo ontem seu magnífico papel no filme do diretor inglês Alan Parker, na dobradinha inesquecível com Willem Dafoe, lembrei do dia em que sua aposentadoria foi estabelecida, por ele mesmo, numa entrevista a Larry King.
Em julho de 2004, ele confessou ao grande apresentador da TV americana (atualmente também aposentado) que perdera o gosto pelo cinema e que estava escrevendo livros na paz de uma casa em Santa Fé, no Novo México.
Hackman tinha acabado de estrelar na comédia “Uma Eleição Muito Atrapalhada”, interpretando um ex-presidente da República que se envolveu numa enrascada disputa para prefeito de uma cidadezinha da Nova Inglaterra.
No ano seguinte, 2005, Larry King postou no Twitter: “Eu gostaria que o Gene Hackman voltasse a fazer filmes”. Com certeza era um sentimento de milhares de fãs do artista californiano que tantas vezes se agigantou nos roteiros.
Para quem se acostumou a admirar as atuações de Hackman nos mais variados personagens, a única constatação é que tal proeza só pode ser comparada a do Pernalonga, um recordista universal em papéis e situações.
Após mais de 90 trabalhos e mais de 70 filmes do circuito tradicional, Gene Hackman é um dos mais brilhantes de toda a História de Hollywood. Ninguém soube mais que ele enaltecer o heroísmo cotidiano dos homens comuns.
Debaixo da sua multicapacidade artística, todos ganham importância, dignidade e honra, mesmo quando a desonra já se antecipa no roteiro. No seu estrelismo triunfam policiais, homens da lei, empresários, bandidos, esportistas.
Na sua interpretação, ganham humanidade o mafioso, o promotor, o xerife sádico, o investigador amável, o pai ou o filho. Ele eleva o drama do mundo ao misticismo paraliterário dos mitos urbanos paridos no romanceiro das ruas.
Imaginem que o monstro começou a atuar aos 30 anos, nos tablados da Broadway, e logo foi desencorajado (junto com o amigo Dustin Hoffman) a não enveredar pelo cinema. Os dois eram muito feios, sentenciou um professor.
Ganhou dois Oscares e dois Globos de Ouro, no começo da carreira, em 1967, quando interpretou “Buck Barrow”, o irmão do personagem de Warren Beatty em “Bonnie e Clyde”. Em 1971, mais prêmios com “Operação França”.
Foi o mais icônico Lex Luthor, agigantando o cientista vilão em “Superman – o Filme” (1978), “Superman II – a Aventura Continua” (1980) e “Superman IV – em Busca da Paz” (1987). Fez o perfil psicológico para futuros intérpretes.
Longa vida ao velho Gene, na verdade já eterno.
Kits
Jornais ingleses publicaram que milhões de kits de teste, comprados na China, chegaram na Inglaterra contaminados com o Covid-19. Na capa do diário Evening Standard, a manchete foi estampada em letras brancas e fundo negro.
Testes
O governo britânico pretende aumentar a taxa de testes para 25 mil por dia e solicitou que empresas privadas ajudem a aumentar a produção de testes. O Brasil está esperando algo como 2 milhões de kits comprados na China.
Testes II
A contaminação nos kits chegados no Reino Unido não significa que pessoas serão infectadas, apenas não servirão para definir quem tem e quem não tem o coronavírus. O material colhido nas pessoas é que será infectado no teste.
Patifaria
Uma canalhice o que faz setores da grande mídia. A nova tática de espalhar o pânico no País é supor um contágio desenfreado durante a ida de trabalhadores e desempregados aos caixas para sacar a ajuda federal.
Solidário
Forçado à quarentena por compor o tal grupo de risco, o empresário Antonio Gentil, do grupo Boticário, deixou o medo em casa e foi ver in loco o cotidiano das Quintas, o bairro onde viveu na juventude. E fez o que sabe: auxiliar.
Bem assim
Um empreendedor sozinho não consegue gerar o progresso social, mas centenas de militantes vagabundos acabam produzindo a miséria. Um político corajoso sozinho não faz verão, mas uma horda de medrosos faz um inverno.
Comentários
Este colunista começou ontem a participar do Jornal da Manhã Natal, no ar a partir das 8h na Jovem Pan News, sintonizada em 93.5. Os jornalistas Aluisio Lacerda e Julio Ribeiro também estão lá com seus comentários diários.
Humor
O radialista e humorista Rodrigo Vieira, o Mução, está voltando às origens com participação na rádio Mix FM, do grupo Tropical onde ele começou. Seu programa na Mix São Paulo será transmitido no dial da emissora natalense.
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