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O grande desafio

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Garibaldi Filho
Ex-senador da República
Essa pandemia mudou a vida de todos nós. Se o corpo foi obrigado a ficar retido no espaço de nossas casas, as mentes voam na reflexão sobre o que fizemos em outros momentos. Isso permite construir caminhos para o nosso aperfeiçoamento.
Amigos leitores, quando aceitei o desafio de ocupar este espaço da TRIBUNA DO NORTE para conversar com vocês, imaginei que teria uma pauta ampla e dinâmica que me daria oportunidade de, modestamente, oferecer minha opinião e algumas sugestões sobre temas diversos. Afinal, dediquei mais de 50 anos de vida à prestação de serviços ao meu Estado e ao meu pais. 
Mas, como escrevi no início deste artigo, há dois meses o assunto do universo é o coronavírus. O volume de informações nos desperte, nos aflige no transcorrer do dia e nos leva a dormir com o tenebroso placar dos impensáveis números de vidas sacrificadas. Para completar, numa briga única no mundo, politizou-se no Brasil a pandemia. E haja desperdício de energia na hora que a peste exige convergência. Houve quem transformasse a discussão no falso “embate entre “emprego ou  vida”, como se ambos fossem inimigos.  Um conflito grotesco. 
Estendendo o pensamento para o que nos aguarda, gostaria de abrir uma fresta para sair da escuridão desse inusitado conflito. Retorno aos momentos de desafios que enfrentei quando à frente de cargos executivos. Ao superá-los sempre foi preciso redesenhar o dia seguinte. Claro, nenhuma dificuldade enfrentada era do tamanho da atual. Mesmo assim, ouso propor aos que hoje nos dirigem nos planos estadual e municipais dedicar-se a pensar no dia de amanhã.
Assim como os cidadãos, os Estados e os municípios, por algum tempo, terão que alterar as rotinas para garantir a sobrevivência. No livre pensar, preocupa-me, por exemplo, com o turismo, a chamada indústria sem chaminé do Rio Grande do Norte, responsável por milhares empregos diretos e indiretos. 
A covid-19 já  coloca o Brasil fora dos destinos preferenciais no mundo. Certamente,  contaremos com  menos voos internacionais, que alias, já eram poucos. E o turismo doméstico voltará a contribuir com as boas taxas de ocupação? Não temos respostas. Mas os gestores vão precisar encontrá-las, seja para ajustar as contas públicas, seja para, com a iniciativa privada, assegurar as oportunidades de emprego e renda das pessoas. Um desafio e tanto.
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