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O jogo zerou

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Lydia Medeiros

Horas depois de um almoço entre João Doria e o ex-presidente Fernando Henrique, aliados do prefeito de São Paulo comemoravam a decisão do senador José Serra de não disputar eleições neste ano. O discurso oficial de Doria é o de permanecer na Prefeitura, mas ele acalenta a ideia de concorrer ao governo paulista. Tem recebido incentivo de alguns deputados estaduais. A briga no partido, porém, será dura, e há o desgaste de deixar o cargo com pouco mais de um ano de mandato. Sem Serra, ganha mais força a candidatura do vice-governador Márcio França, do PSB, que começa a fazer acordos com outros partidos. Além de Doria, há outros tucanos que desejam chegar ao Palácio dos Bandeirantes, como o ex-senador José Aníbal, o secretário Floriano Pesaro e o cientista político Luiz Felipe d’Ávila. Alckmin terá de abreviar a disputa interna. Precisa da casa arrumada para fechar as alianças nacionais que precisa para se mostrar um candidato viável ao Planalto.

Convocação
Depois de decidir que todos os filiados do PSDB com cadastro regularizado poderão participar das prévias para escolher o candidato à Presidência da República do partido, os tucanos preparam uma campanha para incentivar a presença maciça no evento, marcado para 4 de março. O tom das mensagens será reforçando a importância de uma “democracia partidária”. A preocupação é que, após um 2017 de crises, o candidato seja sacramentado em uma convenção esvaziada.

Capitanias
Relator da Lei das Estatais na Câmara, Arthur Maia acha que casos como o da Caixa, que teve quatro vice-presidentes afastados por serem investigados por corrupção, em tese poderiam ser evitados com a norma. Desde julho de 2016, nomeações políticas para estatais e bancos públicos estão proibidas. O que impressionou Maia, porém, foi o comportamento dos patronos das indicações, anteriores à lei: “É incrível a insistência dos partidos em manter os cargos, mesmo assim”.

Causa própria
Há entre ministros do STF preocupação com o aumento da temperatura política às vésperas do julgamento de Lula e com as tentativas de enfraquecimento da Justiça. Reservadamente, alguns questionam a quem poderia interessar os ataques coordenados, num quadro pós-Lava-Jato. Caso dos porta-vozes de alguns desses ataques. A senadora Gleisi Hoffmann, que chegou a falar em “morte”, caso o ex-presidente for condenado, tem dez processos no STF, sendo sete criminais. Seu colega Lindbergh Farias, outros sete.

Alvará
As interferências políticas e os cortes no orçamento do Arquivo Nacional são alvo de investigação do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro. Os procuradores já começaram o trabalho. Em relatório, alertam que vistoria do Corpo de Bombeiros concluiu a “falência do sistema de hidrantes” do local, o que compromete o maior acervo documental do país. E registram o troca-troca no comando do Arquivo: “Os três últimos diretores do órgão foram exonerados do cargo por motivos políticos, como o impeachment”. Foi aberto inquérito civil sobre o caso.

Contrato nupcial
Os termos da parceria entre o PPS e o Agora! vão prever que o partido e o movimento trabalhem numa agenda comum de políticas públicas nos próximos meses. O Agora! já vem fazendo esse trabalho desde o ano passado e pretende que suas propostas sejam abrigadas pelo PPS. As diretrizes serão apresentadas no segundo trimestre. As conversas já miram o período pós-eleitoral. Uma comissão com integrantes dos dois lados deve desenvolver um projeto de renovação partidária.

Banquinho
O Sebrae vai patrocinar um projeto de lei que cria a figura da empresa simplificada de crédito. Vai permitir que pequenos poupadores emprestem dinheiro a pessoas jurídicas a juros mais baixos que os cobrados pelos bancos. O Banco Central já topou. Mas ainda há detalhes a acertar com a Receita Federal.

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