sexta-feira, 19 de abril, 2024
29.1 C
Natal
sexta-feira, 19 de abril, 2024

O livro do ano

- Publicidade -

Woden Madruga
[email protected]

Machado, romance de Silviano Santiago, foi apontado como o “livro do ano” pela Câmara Brasileira do Livro, que promove o Prêmio Jabuti, chegando agora na sua 59ª versão. O anúncio aconteceu noite de quinta-feira em São Paulo. Machado já havia vencido o prêmio na categoria romance,  final de outubro, quando foram anunciados os vencedores de todas as categorias. Este ano o Jabuti estendeu o prêmio a 29, incluindo projetos gráficos, ilustração, tradução, comunicação, gastronomia, história em quadrinhos, reportagem e documentário e “livro brasileiro publicado no exterior”.

Aliás, nesta categoria, o escritor potiguar João Almino ficou em segundo lugar com o romance Enigmas da Primavera (“Enigmas of Spring”). O primeiro lugar foi para Raduan Nassar com Um Copo de Cólera (“A Cup of Rage”). Na categoria contos e crônicas, a vencedora foi a escritora gaúcha Verônica Stigger, com o livro Sul. O segundo lugar foi para Ignácio de Loyola Brandão, com o Se for para chorar que seja de alegria. O prêmio do “livro do ano não ficção” ficou para a escritora paulista Ruth Rocha, autora de dezenas de livros infanto-juvenis, que concorreu com a obra Alfabetização: A questão dos métodos, pela Editora Contexto.

O valor em dinheiro do Prêmio Jabuti não é essa coisa toda. Somente 35 mil reais. Pouco para um livro campeão.  Mas dá para dar entrada num carrinho novo. Mesmo assim é tido como um dos mais importantes prêmios literários do país. Tem muita gente boa pensando num Jabuti. Já o Prêmio Oceanos, que sucedeu ao Prêmio Portugal Telecom, chega a 100 mil reais. Dele participam escritores da língua portuguesa. Este ano concorreram 1.215 escritores, a grande maioria de brasileiros (1031). Portugueses foram 176, moçambicanos,2; mais dois do Cabo Verde e um de Angola.

É uma portuguesa, Ana Tereza Pereira, a vencedora deste ano do Oceanos, com o romance Karen, lançado em 2016, mas ainda não publicado no Brasil. Aliás, nenhum de seus livros (publicou mais de 20) foi editado por aqui. Ana Tereza, nasceu na Ilha da Madeira e vive em Funchal, tem 59 anos. É tida como uma pessoa reclusa, sai pouco de sua cidade, não é muito de viajar. Dizem que ela é uma “mulher misteriosa”.

Quem ficou em segundo lugar foi o brasileiro Silviano Santiago, com o mesmo Machado ganhador do Jabuti. Vai botar na sua conta bancária 60 mil reais. Juntando  com os 30 do Jabuti, 95 mil. Já dá uma boa aliviada nas contas. Certamente que sim. O terceiro lugar foi para o poeta português Helder Moura. No quarto lugar houve um empate entre Brasil e Portugal. Do lado de cá, o carioca Bernardo Carvalho, com o romance Simpatia pelo demônio, e do lado de  lá, chegando no Tejo, Maria Tereza Horta, com o seu livro de poemas Anunciações. Só mais um detalhe: Ana Tereza Horta já andou por Natal e fez amigas poetas por estas bandas.

Vamos lê-los e lê-las. Presentemente estou lendo Bernardo Carvalho, passeando pelo seu romance Mongólia, vencedor do Jabuti de 2004. Estou gostando.

Retratinho político
Que saber para que que servem os partidos políticos brasileiros? Recomendo a leitura do editorial de ontem do jornal o Estado de S. Paulo, cujo título é a própria pergunta: “Para que servem os partidos? ”. Transcrevo alguns trechos, vem didáticos, começando pelo começo:

– Nenhum dos partidos da chamada “base aliada” do governo fechou questão sobre a reforma da Previdência. No linguajar da política, um partido fecha questão quando sua executiva nacional determina que todos os parlamentares da agremiação votem de uma determinada maneira sobre tema em discussão no Congresso – e uma eventual dissidência é tratada com rigor, podendo resultar até em expulsão.

– No caso da Previdência, nem mesmo o PMDB, partido do presidente Michel Temer e que tem a maior bancada da Câmara, com 60 deputados, decidiu obrigar seus filiados a votar a favor da reforma, embora tenha recomendado a aprovação.

– Isso significa que os parlamentares poderão votar como bem entendem, cada um segundo seus interesses pessoais, o que obviamente dificultará ainda mais a tarefa do governo de obter os votos necessários para a reforma.

– Em lugar De negociar com os partidos em termos da proposta a ser votada, será necessário atender um a um os deputados, muitos dos quais não escondem sua ânsia de obter alguma vantagem pessoal, seja na forma de verbas, seja na obtenção de algum cargo público para seus apaniguados.

– Muito além do problema da Previdência, essa situação retrata com clareza a má qualidade do sistema partidário em vigor no Brasil. O eleitor há de se perguntar de que vale escolher este ou aquele partido para defender seus interesses no Congresso se essas agremiações não conseguem fazer com que seus parlamentares votem de maneira uniforme, segundo os princípios estabelecidos em seu programa.

Atraso
Dia 2 de dezembro, véspera de lua cheia e o pessoal de bolso vazio, o governo do Estado ainda não definiu a folha do pagamento dos salários de novembro, sem falar que tem sofredor ainda que não recebeu outubro.

Terça-feira haverá uma assembleia das associações dos militares (Policia Militar do Estado) que estão cobrando uma posição do Governo com relação ao pagamento dos meses em atraso e mais ainda do 13º, de que ninguém do Centro Administrativo sabe dizer nada.

Boa música
A Banda Sinfônica da UFRN encerra a temporada de 2017 com um concerto, segunda-feira, 4, no Auditório Onofre Lopes da Escola de Música. Um dos destaques da noite (começa ás 20h30) é a participação dos vencedores do I Concurso Solistas 2017, Caio César e Raimundo Ranieri e ainda do músico Jeff Baker, solista da Ópera de Dallas. Entrada gratuita.

Chuva
Falando no 2º Fórum das Águas realizado quinta-feira na cidade do Apodi, o meteorologista e pesquisador Luiz Carlos Molion, disse que as chuvas previstas para o Rio Grande do Norte em 2018 deverão chegar a 15% acima da média. Sua projeção, segundo afirmou se baseia em dados pluviométricos registrados nos últimos 100 anos que indicam semelhanças com 1998 a 2001.

Molion também disse que “Não há perspectivas de nos próximos anos haver no Rio Grande do Norte uma seca tão severa quando a atual”.

O Fórum de Apodi foi promovido pelo Sebrae numa parceria com o IFRN de Apodi e a Fiern.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas