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O mago da flauta

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Pelo quarto ano – dos nove de existência do prêmio TOP Natal -, os músicos comandados pelo flautista Carlos Zens animarão a festa de entrega dos troféus às empresas mais lembradas na pesquisa Consult, no Olimpo Recepções, na noite de 18 de novembro.

Carlos Zens com alunos no Centro Municipal de Artes Integradas, na área de lazer do conjunto Panatis, na zona Norte: 30 anos de exercício como músico profissionalIntroduzido no mercado local pela TRIBUNA DO NORTE e Consult Pesquisa, o evento tem o patrocínio da Assembleia Legislativa, Sebrae-RN, sistema Fiern e sistema Fecomercio. Uma revista trazendo o perfil das marcas mais lembradas circulará na edição da TRIBUNA de 19 de novembro.

Com 30 anos de estrada como músico profissional, Carlos Zens  liderará de sua flauta e do sax soprano, na noite da premiação do Olimpo, um pequeno grupo de violão, acordeon,  pandeiro e percussão, cuja qualidade vem arrancando elogios por onde passa.

O grupo, que não tem nome porque pode alterar sua composição conforme a necessidade, é fruto de um trabalho de muitos anos de  Carlos Zens junto a projetos sociais do município, como a conexão Felipe Camarão e na área de lazer do Conjunto Panatis, na Zona Norte, onde funciona o Centro Municipal de Artes Integradas.

Quando os músicos de Zens sobem ao palco o resultado não é outro: talento e um repertório impecável. A formação clássica do grupo enobrece a performance, garantindo qualidade apurada.

“Muitas pessoas, quando ouvem o  nosso grupo, pensam que os músicos são de fora, pois não acreditam que Natal seja capaz de produzir  qualidade”, diz Zens, um natalense de 45 anos que concluiu sua graduação na UFRN e a pós em São Paulo, na Escola Municipal de Música.

Recentemente, o grupo de Carlos Zens participou do show “Do Mar ao Sertão”, na 62º Congresso da Sociedade Brasileira para o progresso da Ciência (SBPC), realizado este ano em Natal.

Para o músico, a formação e o estudo continuado  são  fundamentais ao profissional. “Bacharelado e licenciaturas tornaram-se imperativos, liquidando com qualquer possibilidade de uma carreira feita fora desses pré-requisitos”, analisa.

Diferentemente do que acontecia antigamente – lembra Zens – não basta ao músico autodidata escorar-se em seus conhecimentos acumulados para construir uma carreira.

“Hoje, as frentes abertas aos músicos são interessantes, desde que eles tenham ferramentas teóricas e práticas que os autorizem a vôos mais ambiciosos, inclusive no mundo acadêmico”, diz Zens.

Além disso, para exercer a profissão de músico é necessário obter o registro junto à Ordem dos Músicos do Brasil, entidade que regulariza e fiscaliza a profissão em todo o País, regulamentada pelo decreto 3857, de 22/12/1966.

O mercado de trabalho é exigente e conseguir um lugar, uma posição, é realmente um desafio.

Além de poder ser um profissional liberal e autônomo, o músico pode trabalhar em rádios, televisão, teatro, cinema e agências de publicidade.

Se optar por uma carreira erudita, como fez Carlos Zens, as opções são desde reger orquestras e corais, como compor para instrumentos ou voz. Tem também a possibilidade de lecionar em escolas de música ou instituições de ensino superior.

Entre as áreas que mais têm crescido nos últimos anos estão a de produção de jingles, trilha sonora e linguagem musical computadorizada.

Discografia

Quando não está ensinando e ensaiando, Zens compõe e muito. A prova dessa produção está na discografia do flautista.

“O Tocador de Flauta” , 2001; “Fuxico de Feira” , 2004;  “O Menino da Paz”, 2007;  “Arapuá no Cabelo” ,  2008 e  “Ouvindo o Coração”, em final de produção, são algumas de suas obras autorais.

As influências são tudo na vida de um artista

Além de ser um apaixonado por sua arte, Carlos Zens teve bons mestres e figuras inspiradoras, como Pixinguinha, Joaquim Callado, Sivuca, Banda de Pau e Corda e o inesquecível Quinteto Violado. E foi aluno do grande mestre pernambucano Wascyli Simões.

Com 15 anos de idade ganhou uma bolsa para estudar música , mas não havia vaga para seu instrumento preferido, a bateria, só havia para Oboé, trompete e violino. Sem opção, escolheu o Oboé e só depois de três meses de estudo descobriu a flauta transversa, um instrumento de metal repleto de chaves e buracos.

 Só depois da primeira apresentação com a flauta é que Carlos Zens se decidiu definitivamente pelo instrumento. Os anos revelaram que a escolha não poderia ter sido mais adequada.

Entre seus momentos marcantes estão o encontro no palco com Hermeto Paschoal e quando Dominguinhos gravou a música “Cabeceiras” no CD Fuxico de Feira.

Mas houve outros momentos: o Projeto Pixinguinha em 1997  e em 2005 e quando foi convidado para fazer a direção musical do CD Ciranda de Ritmos, de Lia de Itamaracá, para o qual fez a trilha sonora do Auto de Natal 2007 “O Menino da Paz”, estão entre os marcantes.

Ainda em 2005, Carlos Zens foi convidado para tocar na reabertura da Rádio Nacional.

Consciente de que a sustentação no mercado fonográfico brasileiro é um caminho complexo e cheio de espinhos, Carlos Zens não recua. Há algum tempo ele acalenta a idéia de realizar um DVD como forma de mostrar de uma maneira mais visual o desenrolar de seu trabalho.

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