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O mar de Muirakytan

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Redação
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As tribos locais vão se encontrar mais tarde de hoje, coisa das 19 horas em diante, no lançamento do livro de Muirakytan K. Macedo, “Mar Interior”, seu segundo livro de poesia (o primeiro é “Partícula elementar”), juntando-se a outros que tratam de História (ele é historiador), de sociologia e cultura sertaneja (ele é seridoense, nascido em Caicó), ensaios e memórias. Entre seus tantos trabalhos, quero destacar “Rústicos Cabedais”, um livro essencial para se compreender e sentir o mundo, vasto mundo, sertão do Rio Grande do Norte. Está bem à vista na minha estante. Vou agora conhecer a sua poesia em forma de poema, o que já havia sentido pelos seus escritos sobre o sertão.

Aliás quem pode falar melhor sobre a poesia de Muirakytan, é Adriano de Souza, poeta de berço, e editor do livro.  Às folhas tantas da apresentação de “Mar Interior”, Adriano escreveu, alto e bom som:

– Quem não conheceu a poesia esparsa na obra do historiador pode degustá-la inteira na “Partícula Elementar” de estreia e neste “Mar Interior”, assinados por muirakytan k macedo. Ao manter a firma, em minúsculas irônicas, o poeta ressalta o que já assinalou: não há paralelismo autoral no que escreve. Escrevendo poesia ou história, o que consta é o prazer com a palavra e o respeito ao princípio ético que rege todo ofício: fazê-lo bem. De preferência, refletindo sobre o fazer, como uma disciplina de aperfeiçoamento constante.

– O ‘lugar da fala’ do senhor k  é o do poeta-crítico, que a mudernage criou e a pós-mudernage institucionalizou. Escreve sobre escrever tornou-se um dever de casa incontornável, até para preservar como matéria-prima da poesia nesse tempo ‘transmídia” e conjurar a tentação de sonegar ao texto o status de território natural da linguagem.

– A característica adicional desse poeta é propor algo além da adesão automática decorrente da empatia emocional. O interesse do/pelo poema envolve outras áreas de contato, negligenciadas pelo leitor que se identifique apenas com dores, amores e humores de circunstância. A poesia do senhor k entrega a cota de emoção que se espera da boa poesia, mas descarta o facilitário. Ela pede ao leitor que dê um pouco mais; de preferência, o melhor de si – informação memória, intuição, sensibilidade, inteligência – para complementar o poema. ”

O lançamento de “Mar Interior” será no Temis Clube – Balcão Bar, sede do América F.C., na avenida Rodrigues Alves, 950, ares do Tirol.

Cultura
Hoje, há 50 anos, era instalado o Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Norte. A sessão de instalação foi presidida pelo Secretário de Educação e Cultura Jarbas Bezerra, médico e professor. Era o governo do Monsenhor Walfredo Gurgel.

A data foi comemorada ontem. O Conselho, atualmente, é presidido pelo médico e professor Iaperi Araújo, também artista plástico.

Chuva
Chuvas finas, apenas chuviscos pelo Rio Grande do Norte, de terça-feira para o amanhecer de ontem, quarta. O boletim da Emparn registra ocorrências em apenas 16 municípios.

A chuvinha melhorzinha foi em Caraúbas, região Oeste, 7,5 milímetros, seguida de Luís Gomes, 5. Em São Gonçalo do Amarante, aqui do lado 7,2 milímetros; Natal, 5,7. Leblinas pelo Agreste.

Na Paraíba, o mesmo cenário. A melhor chuvinha foi em Monteiro, no Cariri, fazendo divisa com Pernambuco, 5 milímetros.

No Ceará No Ceará continua chovendo mais. Tem sido assim derna de fevereiro. O boletim da Funceme registra chuvas em 57 municípios, de terça-feira para o amanhecer de ontem. A maior chuva foi em Quixeramobim, região do Sertão Central, 63 milímetros. Granja, no Litoral Norte, 45.

As chuvas ocorreram em todas as regiões do Estado.

Lixo
Cláudio Porpino, presidente da Urbana, a respeito do lixo acumulado numa das calçadas da Rua São José fazendo esquina com a avenida Presidente Quaresma, em Lagoa Seca, mote de uma nota que saiu ontem aqui, me falou pelo telefone, que todas as semanas, há coleta por lá.

Acontece que, logo em seguida, os moradores da região retornam com o lixo e o colocam lá. Aí vale tudo, do lixo doméstico, os entulhos, restos de construção, o escambau.

Aliás, esse é um dos esportes mais praticados pelo brasileiro sem educação. Acontece – e como acontece – até nos ditos bairros nobres. É comum encontrar litro vazio (claro) de old parr jogado no canteiro central.

Boa música
Anote aí em sua agenda: amanhã, 6, consagrado a São Marcelino, primeira sexta-feira de abril, tem Joca Costa com sua guitarra mágica e a voz doce de Heliana Pinheiro, a dupla se apresentando no Salão Café de Nalva, na Ribeira de todos os amores.

A reforma que não houve
Deu na coluna de Miriam Leitão, do jornal O Globo, de ontem:

– Pelas contas da CNI, se a reforma da Previdência tivesse sido aprovada em junho do ano passado, o governo federal já teria disponível mais de R$ 3,3 bilhões para realizar investimentos.

– Com esse dinheiro, a CNI estima que o governo poderia ter construído, por exemplo, 797 escolas, 133 hospitais, 52 mil casas populares ou 2200 quilômetros de rodovias.

– A Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançou hoje (ontem) o Previdenciômet que vai medir, minuto a minuto, a economia que o governo teria feito se a reforma tivesse sido aprovada.

Futebol
Lendo a coluna de Tostão, na Folha, antes da sessão do STF cercada de suspense. Destaco o que ele falou, sem apartes, sobre o futebol brasileiro:

– O futebol que se joga no Brasil é um futebol de carências e exageros. É tudo ou nada. Não sei o que é pior, a carência, a pouca qualidade técnica, ou o exagero, o oba-oba. O futebol brasileiro vive as duas situações.

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