Lucas, o garoto gamer (InVerso, 112 p, R$ 35) é o mais recente livro da escritora Ana Rapha Nunes, uma professora apaixonada por leitura e escrita. O personagem principal da obra é um adolescente de treze anos, com hábitos e gostos não muito diferentes de qualquer outro garoto de sua idade, porém, ele é fissurado por joguinhos virtuais. Vive em função disso.
Sua paixão pelos jogos é tamanha que fica plugado em seu celular, dia e noite. Lucas é o próprio garoto gamer. Tudo que o cerca, família, escola, amigos e amores, ficam sempre para segundo plano. Tudo o que ele almeja na vida é ser o melhor jogador.
“As semanas passavam aceleradamente com tanta coisa acontecendo no Brasil, mas Lucas nem se dava conta. Só pensava em ganhar vidas, matar zumbis, salvar princesas. Os jogos dominavam seus dias, era pouco tempo para tantas batalhas. Já Ester e Beatriz estavam ligadas nos noticiários, sempre buscando mais de uma fonte de informação”.
A intensidade do uso de celular estaria deixando Lucas ser mais um personagem de seus jogos? Será que ele sairá vitorioso da próxima partida? Este seu vício o levará a experimentar, com intensidade, diferentes desafios e ele, descobrirá juntamente com o leitor, no final da história, que existe vida além do jogo.
A Nomofobia é uma doença, relativamente novo, definida como o medo – até mesmo pânico – de ficar sem celular, caracterizando a fobia de ficar sem celular. Não é um transtorno que pode ser ignorado, porque pode ter consequências para a saúde.
Coincidentemente ou não, este assunto, a nomofobia, está sendo mostrado em horário nobre da tevê. O personagem Yuri da novela das 21 horas, da Rede Globo, também um adolescente, tem o vício de estar no celular o tempo todo, sendo um daqueles que até responder um sim ou um não para os pais, faz uso do celular.
A professora Ana Rapha Nunes nasceu no Rio e, ainda criança, mudou-se com a família para Curitiba. Atua na formação de professores e também gosta do jogo da escrita.
