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O melhor está nas ruas

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Itaércio Porpino
repórter

Japoneses e gregos (um deles vestido de espartano) posam juntos para a foto como se fossem um grande grupo de amigos de longa data, enquanto animados ganeses dançam ao som da música da banda Shabo Crew, do seu país, e a natalense Maria Simões, de 16 anos, curte tudo sem largar o namorado e a bandeira de Gana que ganhou dos africanos. É nessa atmosfera festiva e de confraternização que estrangeiros têm convivido em Natal com potiguares e brasileiros de outras cidades desde que a Copa do Mundo teve início. 
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Na verdade, a festa começou ainda antes do mundial de futebol, quando um enorme e espalhafatoso grupo de mexicanos “invadiu” o Alto de Ponta Negra, onde se concentram bares, restaurantes e casas de festas. “Eles chegaram feito uma manada na quarta [11/06, véspera da abertura da Copa] e se espalharam por essa área toda, fazendo muito barulho”, contou Max Fonseca, jornalista e dono do restaurante Galo do Alto, que tem recebido diariamente uma grande quantidade de estrangeiros em seu estabelecimento.

A origem dos turistas que têm movimentado o Alto de Ponta Negra muda conforme os jogos da Copa na Arena das Dunas. Os mexicanos, maioria até sexta (13 – dia em que o México enfrentou e bateu Camarões por 1 a 0) já eram mais raros no sábado. Tudo bem. A folia que os torcedores fizeram ficou registrada em fotos e vídeos no celular de Max Fonseca. “Eles gritavam e cantavam o tempo todo. São os mais animados”, disse o empresário e jornalista.

Na última segunda (16) foi a vez dos norte-americanos lotarem as ruas e estabelecimentos do lugar, e em número até maior que os mexicanos. Depois de vencer Gana por 2 a 1, fizeram uma enorme festa. O jornalista e produtor cultural Marcílio Amorim esteve lá no dia e descreveu o que viu e viveu como “um carnaval do mundo, uma grande confraternização entre vencedores (americanos) e vencidos (ganeses), misturados a potiguares e povos de outros lugares num clima de celebração. “Um espetáculo!”, disse. 

Já na noite da última quarta-feira (18), quando nossa equipe esteve lá, o movimento de estrangeiros não era tão grande. Certamente porque o terceiro jogo na Arena das Dunas só seria no dia seguinte, às 19h, entre Grécia e Japão. Mas encontramos torcedores dos dois países, além de ganeses, croatas e chilenos – estes, em um grupo mais reservado que comemorava, num bar perto do Praia Shopping, a classificação do Chile para as oitavas de final em cima da poderosa Espanha após derrotá-la por 2 a 0.

Enquanto fumava na parte de fora do bar, o torcedor chileno Edmundo Callejas falou rapidamente com nossa equipe e disse que o resultado não foi nenhuma surpresa. “Apostei em 3 a 0 para nós”, disse ele, que precisou entrar rápido para se abrigar da chuva, ainda fina, que começou a cair.

Ponto Sete
Nada que estragasse a festa dos ganeses, japoneses e gregos misturados aos potiguares no Ponto Sete, onde desde o dia 16 de junho está acontecendo o evento cultural Ghana in Brazil, com apresentações diárias de atrações musicais do país africano, sempre a partir das 16h.

Enquanto ganeses dançavam e bebiam, os torcedores do Japão e Grécia – não menos animados – posavam juntos para fotos. Nem parecia que seus países se enfrentariam no dia seguinte, no terceiro jogo da Arena das Dunas. Clima de guerra nenhum. A roupa de espartano no grego estava mais para fantasia de carnaval. A preocupação de todos era mesmo com a festa. Eles aprovaram Natal e disseram que esperavam que fizesse sol nos dias seguintes para aproveitar melhor a cidade antes de ir embora.

A estudante Maria Simões, de 16 anos, esteve na quarta-feira entre os natalenses misturados aos estrangeiros no Ponto Sete e contou que está adorando o evento. “Gosto dessa união de várias culturas. Estamos tendo um contato maior com o mundo e com a música de Gana”.

O pouquinho que Maria fala de inglês foi suficiente para se comunicar com gregos e ganeses, de quem ganhou uma bandeira. “Eles foram muito gentis e os gregos, bem legais também, disseram que estavam gostando muito da cidade”.

Parece que só mesmo os vendedores de artesanato ainda não se contagiaram com a alegria dos estrangeiros. No Shopping do Artesanato Potiguar, ao lado do Ponto Sete, uma vendedora reclama do movimento. “Tá muito fraco. “Eles só querem beber. Só querem saber de festa”.

Se está sendo assim com japoneses e gregos, imagina então como será com os italianos, conhecidos por ser um povo super festivo. O jogo da seleção italiana em Natal é dia 24, contra o Uruguai. Para encontrá-los e  festejar junto com eles, é só ir nesse dia no Alto de Ponta Negra e Ponto Sete. Não tem erro!   

Onde

PONTO SETE
A praça do Ponto Sete, próxima ao Praia Shopping, ganhou uma estrutura de palco e telões para o evento cultural Ghana in Brazil, que conta com shows gratuitos de artistas ganeses (em sua maioria) e feirinha de artesanato. A programação vai até o dia 24/06, sempre a partir das 16h.

ALTO PONTA NEGRA (RUA DO TAVERNA)
O Alto de Ponta Negra tem sido há algum tempo o principal point de Natal por concentrar casas de show, bares, pubs e restaurantes.

Um desses estabelecimentos é a Taverna Pub, que na Copa está funcionando com shows de vários estilos (do samba ao rock) todos os dias, inclusive aos domingos, a partir das 22h.

O Restaurante Galo do Alto, em frente, abre sempre meia hora antes dos jogos do Brasil e, nos demais dias da Copa, às 18h, com música ao vivo a partir das 21h30. 

A Curva do Vento Pizzaria e Batataria está exibindo todos os jogos da Copa em 1 telão e 5 Tvs de 55 polegadas. Ao final da última partida, rola música ao vivo.

O Rastapé Casa de Forró, que abre normalmente nas quartas, sextas e sábados, ampliou o funcionamento no período da Copa e está abrindo todos os dias, a partir das 22h.

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