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O “mico” do aeroporto

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Antonio Roberto Rocha
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Conforme amplamente divulgado ontem na mídia, o grupo argentino Inframérica vai devolver ao governo federal o aeroporto construído em São Gonçalo do Amarante e que serve a Natal. Enquanto uns observadores de plantão, que tanto defenderam a construção do longínquo terminal, agora mudaram de lado, criticando o equipamento, outros precisam acalmar os ânimos para não tecer comentários desastrosos, já que, por força de contrato, a Inframérica só poderá “abandonar” o Aeroporto Aluízio Alves quando outra concessionária assumir o equipamento. Ou o Governo Federal assumir o “abacaxi” via Infraero, o que seria improvável. Um fato é concreto: não existe a possibilidade de termos que usar o aeroporto de João Pessoa para viajar. Só se as tarifas estiverem mais acessíveis.

Os três fatores que motivaram a Inframérica a abandonar o “barco” (ou os aviões?) foram: os estudos de viabilidade do aeroporto à época do leilão previam um movimento de 4,3 milhões de passageiros em 2019, mas na realidade a demanda verificada foi de 2,3 milhões; por questões regulatórias, as tarifas de embarque ficaram defasadas e hoje são 35% inferiores às dos aeroportos da segunda e da terceira rodadas de concessões, que foram licitados em 2012 e em 2013; e a torre de controle em Natal é a única operada por uma concessionária, mas tem tarifas de navegação aérea que equivalem a um quarto do valor praticado pelas torres da Infraero ou do Decea, vinculado à Aeronáutica.

O próprio presidente da Inframérica, Jorge Arruda, preferiu não estimar prazos para todo o procedimento, mas lembrou que a operação do aeroporto continuará com a Inframérica até uma futura passagem de bastão para outra concessionária. “Nesse meio tempo, temos um compromisso de manter os empregados, a qualidade operacional e os esforços de atratividade de novas rotas para Natal, além de compromisso com os lojistas e prestadores de serviços.”

Momento é do turismo regional
Devido à expansão do coronavírus na Europa, o cancelamento – algo óbvio e previsto – da BTL (Bolsa de Turismo de Lisboa), que se realizaria na próxima semana na capital portuguesa, frustrou planos de alguns empresários e de secretários de Turismo do Rio Grande do Norte, que já estavam (quase) de malas prontas para divulgar os atrativos potiguares na principal feira de Portugal.

Por outro lado, a próxima edição da WTM Latin American, um dos principais eventos do setor no Brasil, que se realizará de 31 de março a 2 de abril, em São Paulo, começa a ser esvaziada, com a desistência de várias delegações asiáticas e européias. Por conseguinte, já há destinos brasileiros repensando o evento, já que a perspectiva é de ampla redução no número de operadores internacionais.

O coronavírus, enfim, além de letal, será um complicador para o turismo internacional ao longo do ano. O turismo regional, mais uma vez e de acordo com previsões da Organização Mundial do Turismo (OMT), é a bola da vez.

ABIH-RN divulga ocupação de fevereiro
Segundo levantamento com seus associados, a ABIH-RN (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Norte) registrou, em Natal, uma ocupação de 72,5% em fevereiro, mês com saldo positivo devido às festividades do Carnaval 2020, um ligeiro aumento em relação a fevereiro de 2019, quando havia sido registrada uma ocupação de 69,24%.

No município da Pipa/Tibau do Sul, o índice de ocupação em fevereiro de 2020 foi de 68,03%, um aumento médio de quase 15% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a ocupação foi de 59,63%. Mossoró registrou ocupação de 46,23%, contra 40,68% no ano anterior. Extremoz e São Miguel do Gostoso apresentaram uma ocupação de 40% e 33%, respectivamente.

“No mês de fevereiro registramos um pequeno aumento na ocupação hoteleira em Natal, assim como um pouco mais em Pipa e Mossoró. Ressalto, contudo, que é motivo de preocupação o valor da diária média dos hotéis, que vem caindo a cada ano. Precisamos inovar o produto turístico Natal e aumentar os investimentos em promoção e divulgação do RN”, reclama José Odécio, presidente da ABIH-RN, que vem sendo considerado um líder no setor atualmente, com atuação nos principais eventos de captação de negócios para o RN.

Curso de espanhol para profissionais do Turismo
As inscrições para a segunda fase do projeto de extensão “Conoce, Comprende y Dime en Español ”  já estão abertas. O projeto tem por objetivo capacitar profissionais do segmento, realizado por meio de Acordo de Cooperação Técnica entre a Secretaria de Turismo do Rio Grande do Norte e o Núcleo de Estudos e Pesquisas de Espanhol como Língua Estrangeira (Nupele) do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), com o apoio das categorias de classe do setor contemplado. Para essa fase haverá turma para o setor hoteleiro, por meio da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do RN (ABIH-RN), bugueiros pelo Sindicato dos Bugueiros do RN (Sindibuggy) e artesãos do Programa Estadual do Artesanato (Proart-RN).

 Neste segundo momento, o projeto está com inscrições abertas nas turmas “Comprende” de nível intermediário voltado para mensageiros, camareiras, recepcionistas e bugueiros, que já participaram das turmas anteriores ou que tenham conhecimento compatível em língua espanhola. Além disso, uma nova turma de “Conoce” para nível iniciante com foco em artesãos será ofertada.

 “A proposta do projeto é contribuir com a qualidade linguística em espanhol dos profissionais do segmento do turismo, por meio da oferta de cursos com conteúdos mais práticos, com ênfase na conversação relacionada à vivência no trabalho dessas pessoas que atendem diretamente o turista, por isso as turmas são ofertadas por categoria”, explica a subsecretária de Turismo, Solange Portela.

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