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O não do Reino Unido à moeda única europeia

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Londres(AE) – A dama de ferro deixa órfãos entre os britânicos. A notícia da morte de Margaret Thatcher trouxe de volta à tona a admiração pelo idealismo e defesa da liberdade econômica que eram marcas do governo que terminou em 1990. Alçada como uma das grandes lideranças britânicas da história, a ex-primeira-ministra ficará para os livros como uma das responsáveis pelo fim da Guerra Fria e pelo liberalismo que pautou a economia britânica no fim do século XX. Mas, em tempos de crise financeira na Europa, muitos lembram nesta segunda-feira que Thatcher foi uma das pessoas chave na decisão de Londres de não aderir à moeda única europeia.

O impacto da crise do euro no Reino Unido remete à última obra do governo Thatcher – exatamente pelo fato de que a gestão da dama de ferro já condenava a entrada dos britânicos na moeda única há mais de 20 anos. “Este governo não tem a intenção de abolir a libra esterlina. Acredito que tanto o Parlamento como a libra esterlina estão servindo muito bem a este país e ao resto do mundo. Estamos mais estáveis e influentes com a libra, e isso é uma expressão da nossa soberania. Este governo acredita na libra esterlina”, disse Thatcher, em discurso feito no fim do governo, em 30 de outubro de 1990.

“Enfatizo que nós não estaríamos preparados à imposição de uma moeda única nem de desistir do uso da libra como nossa moeda”, completou a então primeira-ministra no que ficou conhecido como discurso do “Não”. Durante o debate no Parlamento Britânico, Thatcher enumerou algumas ações que estavam em curso naquele período e que davam cada vez mais força às instituições europeias em detrimento da soberania dos países. Após listar as ações lideradas por Alemanha e França, Thatcher rejeitou as propostas com um simples e sonoro: “Não. Não. Não”.

“Ela estava certa sobre os sindicatos, ela estava correta sobre o comunismo soviético e os recentes eventos mostram que ela estava completamente correta sobre o euro. Este país está profundamente em dívida com Thatcher”, disse o prefeito de Londres e um dos potenciais candidatos para concorrer ao posto de primeiro-ministro pelo Partido Conservador, Boris Johnson.

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