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O Natal de Jesus

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Diógenes da Cunha Lima 
Escritor, advogado e presidente da ANL
Temos o privilégio de viver numa cidade que tem nome e destino de festa. Por isso, aqui, todo dia é dia de Natal. Além desse fato, temos a bela e expressiva Fortaleza dos Reis Magos que compõe um terço da humanidade. 

Há pouco tempo, a fim refazer os laços, aqui esteve o prefeito da cidade-irmã em que nasceu Jesus. A “irmandade” foi ideada pelo engenheiro e escritor Nicola Elali. Também nascido lá, ele veio adotar e exercer a cidadania natalense. É vinculo histórico que deve ser presente no coração do povo e em suas orações. A simbologia do Presépio é a mais verdadeira tradição e engrandecedora do Menino.

A origem é multissecular. Sabe-se que São Francisco de Assis montou um presépio na aldeia de Greccio, colocando figura de uma vaca e um jumentinho. O santo, protetor dos animais e supremo valorizador da humildade, rezou missa da Noite Feliz de 24 para 25 de dezembro de 1223.

Com o passar do tempo, as famílias cristãs foram agregando novos elementos, como: representações de grutas palestinas, os Reis Magos (mágicos), os pastores, mansas ovelhinhas e anjos, estrela e galo anunciadores. Tudo isso circundando uma representação da manjedoura, um estábulo para alimentar animais.

O tema inspirou o meu livro “Natal poemas e canções”, com expressivas ilustrações de Newton Navarro. A capa é criativa: Nossa Senhora nasce de uma flor. Sobre os versos, Roberto Lima compôs. O poema diz: Lembro no Natal / Cantiga de sinos / Que o Deus menino / nasceu num curral.

A tão triste mania de imitação importou símbolos nórdicos que aqui, no Brasil, não se sentem estrangeiros. Neve sobre pinheiro, um velho gordo e de barbas brancas, vestido de vermelho e rindo com a letra “ho, ho, ho”, conduzido por renas em trenós. O Correio brasileiro estimula crianças a fazerem pedidos de presentes a esse “papai” exótico. Frei Betto, em parceria com Domenico de Masi, escreveu um largo protesto determinando “fica decretado” que a carta deveria ser dirigida ao Menino Jesus. Que as crianças abram mão de todos os seus brinquedos supérfluos para alegrar crianças carentes. 

Natal de Zé Zus é livro infanto-juvenil, mas que pretende ser amado por pessoas de todas as idades. É declaração de amor à minha cidade e o louvor a personalidades admiradas. Zé Zus nasce, ou melhor, renasce a cada 25 de dezembro no Parque das Dunas pelas mãos da parteira Mãe Luiza. Ganha a companhia de outros meninos: Tom, Tim e Pedrinho, Antoine (Antônio) Saint Exupèry, Santo Agostinho e São Pedro. Durante o dia, visitam a cidade do Natal. Visitam a Fortaleza dos Reis Magos, o Rio Potengi, a Redinha, a Ribeira, o Baobá do Poeta, a Universidade Federal, o Morro do Careca. Terminam a jornada na Barreira do Inferno.

O personagem central é um Zé nordestino que faz milagre e que, com os seus companheiros, tertemunham o amor a Natal.

As imagens sagradas: Jesus, Maria e José são a base e a destinação do nosso olhar ao presépio. Os Reis Magos trazem a lembrança do agradecimento ao menino, que será o redentor, com perfume e riqueza, ouro, incenso e mirra. É hora de renovar a nossa fé e de meditar sobre o milagre da encarnação, Deus se fez homem.

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