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O placar

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Lauro Jardim
com Guilherme Amado e Mariana Alvim

Pelas contas do Planalto, o projeto de reforma da Previdência já teria, segundo dados do monitoramento que é feito online, 318 votos a favor na Câmara dos Deputados — dez a mais do que o necessário para passar. O levantamento detectou também 60 deputados em situação de neutralidade, 98 decididamente contra e 37 parcialmente contra.
Granadas no major
A imprudência da língua de Jair Bolsonaro segue a mil, sem diferenciar inimigos de aliados. Agora, o capitão deu para aconselhar seus soldados a se distanciarem de Major Olímpio. Diz – sem apresentar elemento concreto algum – ter informações de que o líder do PSL no Senado, em breve, terá problemas com a Justiça.
Tiros no delegado
Também tem sobrado para Delegado Waldir, o líder do PSL na Câmara dos Deputados. Bolsonaro o considera um zero à esquerda e já pediu a deputados correligionários para anteciparem a eleição da liderança do partido na Casa na esperança de vê-lo fora do posto.

Petelecos na líder
Quando os canhões se viram para Joice Hasselmann, Jair Bolsonaro guarda as armas. Não costuma defendê-la das críticas, mas não as endossa. Argumenta apenas que Joice foi alçada à liderança do governo no Congresso Nacional para atender a um pleito de Rodrigo Maia.

Sem honorários
Jair Bolsonaro não se conformou com a decisão da Justiça de absolver Adélio Bispo por considerá-lo inimputável. “Jogadinha de ser maluco”, chegou a dizer Jair Bolsonaro sobre o veredicto. Vai gostar menos ainda do que a PF tem a dizer sobre outra investigação, desta vez acerca de Zanone Júnior, o advogado do seu esfaqueador. Bolsonaro já disse mais de uma vez que o suposto mandante da facada estaria por trás do pagamento dos honorários do advogado. Zanone sustentou desde o início que o dinheiro para defender Adélio lhe foi dado por “um religioso de Montes Claros (MG)”, que não queria aparecer. Só que a investigação da PF, em fase final, aponta para uma novidade: ninguém pagou pela defesa. O advogado resolveu assumir o caso de graça e inventou uma história. A motivação foi a mesma que o levou a defender gratuitamente Bola, o ex-policial que se envolveu no caso do goleiro Bruno. Zanone queria faturar com os holofotes de um caso supermidiático.
Dando um gás
O governo planeja uma megacerimônia no Planalto entre o final do mês e o início de julho para anunciar o plano de redução do preço do gás natural, elaborado por Paulo Guedes. A ideia é reunir a indústria inteira para bater bumbo em torno da principal pauta positiva apresentada pela equipe econômica até agora, depois da reforma da Previdência, claro.
Adoro essa família Eduardo Bolsonaro tem dito a interlocutores que são visíveis os gestos de aproximação feitos por Raquel Dodge à sua família. Seja com uma presença mais constante em eventos onde há representantes do clã, seja exibindo uma simpatia que até outro dia não existia.

Ela, não

A propósito, a interlocutores próximos Edson Fachin faz críticas veementes à (não) atuação de Raquel Dodge: queixa-se frequentemente de que os processos não andam nas mãos dela.
Escrito nas estrelas 1
Estava na cara que ia dar problema. Ao menos na visão de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro, Joaquim Levy foi para o BNDES para tocar duas obsessões de ambos: a devolução de R$ 130 bilhões ao Tesouro e a abertura da lendária caixa-preta da corrupção, respectivamente.
Escrito nas estrelas 2
Em seu discurso de posse, Levy não tocou nos dois assuntos. Em sua primeira e longa (38 minutos) entrevista coletiva como presidente do banco, ocorrida em 8 de janeiro, novamente fez-se de paisagem quando perguntado se abriria a caixa-preta – ignorou a pergunta. E sobre a devolução bilionária, não se comprometeu. Disse que faria, “em função da disponibilidade do banco”.
Como abrir a caixa-preta Gustavo Montezano, o novo presidente do BNDES, já foi instruído por Paulo Guedes sobre como agir no tema caixa-preta, caríssimo a Jair Bolsonaro. Basta que ele deixe claro, seja por meio de uma entrevista ou por nota oficial do banco, que os empréstimos dados a Cuba e Venezuela foram péssimos negócios e que os financiamentos a Odebrecht, JBS e outras empresas envolvidas em escândalos foram dados por imposição política dos governos petistas.

Na cabeceira

O Fórum dos Governadores, que se reúne periodicamente para tratar dos temas de interesse dos estados, não tem um chefe. Daí estar causando algum atrito o modo de João Doria se comportar nesses encontros. Senta-se à cabeceira da mesa, comenta as intervenções de cada colega e controla o tempo da fala de cada um.

Mote de campanha

A propósito, Doria está convencido que a economia não vai decolar nos próximos anos. Seu objetivo, contudo, é que São Paulo cresça um pouco mais do que o país. Assim, consegue um discurso para sua campanha presidencial em 2022.
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