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O poeta e um doutor

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Alex Medeiros
Hoje é data relevante para a importante literatura russa. Em 10 de fevereiro de 1890 nasceu o poeta e romancista Boris Pasternak, que apesar de se tornar popular no Ocidente quando o filme Dr. Jivago, de 1965, foi dirigido por David Lean, era mais conhecido no seu país como um grande poeta. O romance que deu origem ao filme foi escrito em 1956, mas só foi traduzido para o português em 1959, alcançando grande venda para a época no Brasil e em Portugal.

No ano em que nasci, Dr. Jivago foi o livro estrangeiro mais vendido, no mesmo patamar de A Revolta da Chibata, de Edmar Morel, 100 Crônicas Escolhidas, de Rubem Braga, e Gabriela Cravo e Canela, de Jorge Amado. Deu ao autor o Prêmio Nobel de Literatura, que gerou críticas de escritores e intelectuais brasileiros, por causa do tom crítico à Revolução Bolchevique. A cronista Dinah Silveira de Queiroz o chamou de “herói sem nenhum caráter”.

A esquerda tupiniquim roeu os cotovelos quando o filme, protagonizado por Omar Sharif, Julie Christie e Geraldine Chaplin, ganhou 5 estatuetas do Oscar em 1966, de melhor fotografia, melhor figurino, melhor trilha sonora, melhor roteiro e melhor direção de arte. Por anos, a ditadura fundada por Lênin e Stálin proibiu Pasternak de sair da União Soviética. Quando ele morreu, em 1960, o livro Dr. Jivago já superava doze edições em Paris, Londres e Madrid.

Abaixo, um poema de Boris Pasternak, cuja produção poética foi superior aos textos de contos e romances. Escrito no ano da implantação do comunismo.

Poesia

Minha irmã vida hoje se de desborda,
Desfaz-se contra todos como chuva,
Ó gente de berloques que rabuja
E ferroa polida feito cobra!

Os bem-postos terão razões aos centos,
Mas de tuas razões quem não rirá?
Olhos e relvas roxas na tormenta
E o horizonte odora a resedá.

Quando em maio, você, estrada afora,
Lê horários de trem, — ramais floridos,
Mais grandeza que nos Livros de horas
Há nisto, e os olhos quedos, absorvidos.

Quando apenas o ocaso reverbera
Sitiantes à beira-ferrovia,
Percebi que a estação não era esta
E o sol-posto de mim se condoía.

Três salpicos de sino: o trem se afasta.
— Não é aqui! se desculpa, aos rechaços
No vagão, odor de noite queimada
Dos degraus a estepe cai para os astros.

Piscapiscando, a amada, olhos mortiços,
Fata-Morgana sonhava lá fora.
O coração borrifa os passadiços
E expulsa para a estepe as portinholas.

Bomba
O decreto de Flavio Dino, perseguindo os CACs e anulando o controle do Exército nos registros de armas, teve parecer contrário da AGU, Advocacia Geral da União, e sua Consultoria Jurídica Adjunta ao Comando do Exército.

Guerra

A tragédia na Turquia e Síria provocou um retorno das teorias sobre “guerra geofísica” a partir de inovações tecnológicas da indústria bélica com armas poderosas para controlar placas tectônicas, a atmosfera e camada de ozônio.

Parvoíce

Na pisada em que vai com a língua, o senhor Luiz Inácio Lula da Silva vai chegar nos primeiros 100 dias de governo com o discurso congruente 100% ao da sua aluna Dilma Vana Rousseff. Até agora, foi uma asneira atrás da outra.  

Violência

A velha imprensa dos grandes grupos sudestinos segue com a narrativa de culpar a Polícia pelo vertiginoso aumento da violência nas cidades e no campo. E ignora a coincidência dessa explosão ter se iniciado a partir de 1 de janeiro.

Mãe é mãe

Ainda tem mães de verdade no Brasil. Merece um pedestal de honra a genitora que reagiu contra uma escola em que professores militantes inventaram uma passeata (parada) gay e queriam obrigar seu filho de 4 anos a participar.

Censura

Está fazendo 50 anos que o disco “Pillow Talk”, da nova-iorquina Sylvia Robinson, teve suas vendas proibidas no Brasil. A “censura federal” não gostou dos sussurros e gemidos da canção que deu nome ao primeiro LP da cantora.

Ribeira

Hoje é o grande dia da Banda da Ribeira arrastando seus foliões da Cidade Alta até a Ribeira. A concentração é às 18h no Bar do Ze Reeira (no beco da antiga TV-U), descendo depois para a Ribeira com festa no Buraco da Catita.

Guaxinim

Um segundo lote de camisas do Bloco Guaxinim chegará no Restaurante Nemesio na segunda-feira, patrocinado pela Jovem Pan News. O bloco desfila dia 16 com orquestra de frevo, saindo do Nemesio para o Atheneu.
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