Da turma que faria feio no quarto lugar de 1974, aqui estiveram Leão, Alfredo Mostarda, zagueiro do Palmeiras, o volante, meia e craque Carpegiani, do Inter(RS), que também mandou o ponta-direita Valdomiro, o goleiro Renato e Paulo Cézar Caju no Flamengo, Edu, do Santos, Marinho Chagas e Jairzinho no Botafogo(RJ) e Dirceu, Dirceuzinho, o falso ponta-esquerda, pelo Coritiba(PR) e Marco Antônio do Fluminense.
Tricampeão estadual, o ABC não fez uma boa campanha, ostentando o indesejável 23º lugar empatado com a Portuguesa de Desportos dos excepcionais meias Dicá e Enéas, um dos poucos times vencidos pelo alvinegro, foi 2×1.
ABC que também ganhou do América Mineiro por 1×0, do Santa Cruz por 2×0, do Sergipe em Aracaju de 1×0 e do Botafogo de 2×1, resultado que acabou anulado pela escalação irregular de três jogadores: Nilson Andrade, sublime quarto-zagueiro, Rildo, lateral do Brasil na Copa de 1966 e tido como informante do problema burocrático ao Botafogo antes do jogo e o obscuro meia Marcílio, do Bonsucesso.
O ABC trouxe o técnico Célio de Souza, dos juvenis do Vasco e montou uma equipe que hoje estaria nas cabeças da Série A: Tião; Sabará, Edson Capitão, Nilson Andrade e Rildo; Maranhão, Danilo Menezes e Alberi; Libânio, Petinha e Soares.
A Velha Guarda trinca os dentes e é irredutível: Maranhão, Danilo Menezes e Alberi foi o melhor meio-campo que atuou não só no ABC, mas no futebol potiguar. Acho melhor o de 1983: Nicácio, Dedé de Dora e Marinho Apolônio.
O fato é que a presença do ABC entre as feras dava a impressão de um canário belga entre jararacas. Não e não. As derrotas mais contundentes foram dois 3×0, para o São Paulo e o Corinthians.
O Palmeiras, campeão brasileiro de 1972, empatou em 2×2 num show de Alberi e o Botafogo, vice-campeão, no campo, perdeu para o ABC. Com outro solo de Alberi, premiado com a cobiçada Bola de Prata de melhor atacante ao fim do campeonato.
No ano seguinte, o América fez bonito e conquistou o Norte/Nordeste, disputado dentro do Brasileiro, ganhando a Taça Almir, criada em homenagem póstuma a um dos atacantes mais baderneiros do futebol, apesar do cintilante futebol.
um grupo de artistas de provocadores. Acabou baleado numa calçada de
Copacabana.
O América formou belo time, liderado por um
competente técnico, ex-zagueiro da seleção brasileira e melhor da
história do Botafogo: Sebastião Leônidas. O América de Ubirajara;
Emídio, Scala (seleção brasileira nas Eliminatórias de 1969), Mário
Braga e Cosme; Afonsinho, Careca e João Daniel; Almir, Hélcio
Jacaré(supercraque) e Gilson Porto.
Comandado por Hélcio Jacaré, o
homem que veio duelar com Alberi, o América terminou com a mesma
pontuação do Flamengo de Zico, assumindo o posto de titular, 26 pontos
ganhos cada um em 25º lugar entre 40 participantes. O Palmeiras, mais
uma vez, foi campeão com Ademir da Guia comandando o concerto na classe
de um violino Stradivarius.
Até 1980, o Rio Grande do Norte foi
brindado com grandes jogos. Vimos -exceto Falcão – todos os titulares da
seleção de 1982, Sócrates veio uma só vez, em 1976, em vitória do
Botafogo de Ribeirão Preto(SP) sobre o América por 3×1 na tarde quente
de Lagoa Nova.
Era um tempo de consagração, de respeito ao
futebol local. Se alguém acha mais interessante enaltecer aberrações
tipo Retrô, Itabaiana ou Atlético Cearense, paciência. Para essa
geração boçal e ruim no ofício, guardo o dedo do meio. Estirado.
Exagero
Pelé no Castelão
Multidão
Times