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O que diz a pesquisa

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Woden Madruga

A pesquisa do Datafolha apontando uma vantagem de 16 pontos de Jair Bolsonaro sobre Fernando Haddad (contagem dos votos válidos), na marcha do segundo turno, é o assunto de todas as rodas, derna da boca da noite quando a tevê mostrou os números. Segundo o jornal O Globo “ a vantagem de Bolsonaro sobre Haddad é a maior em largada do segundo turno desde 2002”.  Como interpretar e explicar esses números (58% das intenções de voto para Bolsonaro e 42% para Haddad) na reta final da eleição? Fui buscar a resposta no editorial da Folha de S. Paulo, de ontem, que tem o título de “Quem é quem”.  Vejamos o que lá está escrito:
– Com a avalanche de votos conquistados na reta final do primeiro turno, era esperado que Jair Bolsonaro (PSL) aparecesse à frente de Fernando Haddad (PT) na primeira pesquisa sobre a rodada final da disputa pelo Palácio do Planalto.

– Conforme o Datafolha, o capitão reformado conta com a preferência de 49% dos entrevistados, e o petista, com a de 36%. Desconsiderando as intenções de voto em branco ou nulo, tem-se a ampla vantagem de 58% a 42% em favor do primeiro – a maior medida a esta altura desde o pleito de 2002.

– A movimentação do eleitorado não chega a surpreender. Dos que dizem ter votado no terceiro colocado, Ciro Gomes (PDT), 58% escolhem Haddad agora, e 19%, Bolsonaro. Entre os que preferiram o tucano Geraldo Alckmin, a distribuição, mais equilibrada, é de 42% para o presidenciável do PSL, 30% para o petista e 17% em branco ou nulo.

– Desde o estabelecimento das eleições diretas para presidente, em 1989, o primeiro colocado no primeiro turno venceu também o segundo (quando houve). Em 2014, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) começaram a rodada final empatados no Datafolha (49% a 51%), e a então presidente obteve a reeleição por margem estreita.

– A tarefa de Haddad se afigura das mais difíceis. O candidato e o partido se veem diante da escolha entre um discurso mais moderado, em busca de apoios ao centro ideológico, e a reafirmação de teses caras a seu eleitorado mais fiel.

– Há pouco tempo para uma revisão programática que seja ao mesmo tempo ampla e crível. As boas práticas econômicas abraçadas no primeiro governo Luiz Inácio Lula da Silva, infelizmente, não levaram a uma oxigenação do pensamento petista, como se viu na desastrada gestão de Dilma Rousseff.

– Depois do impeachment, a legenda regrediu a um radicalismo de fachada, com acusações de golpe e oposição a reformas inescapáveis –e a farsa de lançar seu líder, inelegível, à Presidência. Não será simples, agora, vender a ideia de que Haddad não mais é Lula.

– Bolsonaro certamente será alvo de críticas de intensidade inédita nesta campanha. Há muito a explorar, sem dúvida, em seu triste repertório de declarações favoráveis à ditadura e manifestações grosseiras de machismo e homofobia.

– Dada a liderança na corrida, ele tem menos motivos para reflexões retóricas. Parece provável que se concentre no antipetismo – que tem levado além dos limites da civilidade – e procure se mostrar menos militarista e mais tolerante em questões comportamentais.

– É pouco para que se avalie um postulante sem identidade partidária e experiência no Executivo. Urge que Bolsonaro e seu assessor econômico, Paulo Guedes, se submetam, tanto quanto possível, a mais debates e entrevistas. ”

Nísia Floresta
Hoje, 12 de outubro, é o dia do nascimento de Nísia Floresta, a escritora, poeta, educadora, primeira feminista do Brasil.  Nasceu no sítio Floresta, em Papari (que agora tem o seu nome) no ano de 1810. Morreu em Rouen, na França, em 24 de abril de 1885, aos 84 anos de idade.

Eis aí uma grande mulher que a terra potiguar   sempre reverencia com muito orgulho. É o que fez agora a poeta, professora de Literatura (UFRN) e acadêmica Diva Cunha num artigo que publicou no último número da revista da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, com o título “Musas em Festa”. Nísia aparece ao lado de Auta de Souza. Um belo texto de Diva, outra musa.  Recomendo a todos, gregos ou não, a leitura do artigo. Destaco três trechos, começando pelo começo:

– Este texto é meu presente de aniversário para minhas musas e antecessoras no oficio das letras Auta de Souza e Nísia Floresta.

– Duas mulheres nascidas no Rio Grande do Norte, no século XIX, dois destinos completamente diferentes. Quando Nísia Floresta foi embora do estado, ainda era Dionísia Gonçalves Pinto, adolescente, casada, em seguida separada e acolhida de volta no seio da família.

– A formação da escritora, que, ao sair da província, devia apenas saber o básico ensinado às meninas de elite, foi aprofundado em Pernambuco, estado rico e adiantado, que vivia momentos de efervescência cultural e política. ”

É bom lembrar que Nísia Floresta começou sua produção literária na imprensa, jornais de Recife, depois Porto Alegre, Rio de Janeiro. Ela é a patrona da cadeira 2 da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, cujo primeiro ocupante foi o poeta e também educador Henrique Castriciano (irmão de Auta de Souza), fundador da Escola Doméstica de Natal. Seu sucessor foi o mestre Helio Galvão, sucedido pelo médico Ernani Rosado. A cadeira hoje é ocupada pelo professor de Literatura, escritor e poeta Humberto Hermenegildo de Araújo.

Homenagens 
A Festa do Boi, em sua 56ª versão, que começa às 17 horas hoje, no Parque Aristófanes Fernandes, tem este ano quatro homenageados. Dois in memoriam:  Nilton Pessoa de Paula (ano do centenário de nascimento) e João Patriota, falecido em fevereiro deste ano, ambos empresários da agropecuária.

Os outros dois homenageados são os agropecuaristas Flavio Mousinho e Júnior Teixeira, ex-presidentes da Associação Norte Rio-Grandenses de Criadores (Anorc), promotora da Festa do Boi.

Brum premiado 

A boa notícia chegada no meio da tarde de ontem: o chargista Brum, desta resistente Tribuna do Norte, foi o vencedor do Prêmio Vladimir Herzog, na categoria Arte, realizado em São Paulo. Brum é bicampeão do Prêmio. Ganhou a primeira vez em 2016. A entrega do prêmio será no dia 25 em solenidade que acontecerá no Teatro Tucarena (TUCA), em São Paulo.
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