sexta-feira, 19 de abril, 2024
26.1 C
Natal
sexta-feira, 19 de abril, 2024

O risco DEM

- Publicidade -

Lydia Medeiros

Em namoro com Ciro Gomes, o PSB ainda tenta administrar resistências de parte de seus parlamentares à aliança com o pedetista. Uma delas é o desconforto com as articulações entre o PDT e o bloco liderado pelo DEM, que inclui PP, Solidariedade e PRB. Parte da bancada do partido no Congresso tem alegado ao presidente da legenda, Carlos Siqueira, que será difícil explicar ao eleitor a presença dos socialistas numa chapa com um “partido tão distante ideologicamente” do PSB.

O risco Bolsonaro
O DEM dá sucessivas demonstrações de que perdeu o rumo nesta eleição. A cada semana, faz um movimento pendular na direção de algum candidato. Rachou. Agora, cresce no partido a corrente defensora da aliança com Jair Bolsonaro. Estima-se que, entre os 43 integrantes da bancada na Câmara, o líder dos conservadores já teria 20 seguidores. É o mais novo sintoma de que o DEM saiu do trilho. Sua primeira opção era reafirmar a aliança com o PSDB de Geraldo Alckmin, antigo parceiro. O mau desempenho do tucano em pesquisas, porém, levou os liberais à mudança de rota. A cúpula — ACM Neto e Rodrigo Maia — passou a propor uma união com o neotrabalhista Ciro Gomes (PDT), sob o argumento de que isso ajudaria a evitar a ascensão de um candidato do PT apoiado por Lula. Essa opção, porém esbarra na essência do partido, de defesa da economia liberal e de reformas — atacadas diariamente pelo pedetista. Os adeptos de Jair Bolsonaro acham que ele é um caminho mais lógico para atingir o mesmo objetivo: impedir a volta do PT ao poder. “O eleitor do DEM não entende o voto em Ciro Gomes”, diz o deputado Felipe Maia (foto). “Nosso eleitor não aceita um candidato que quer colocar no meio da roda a reforma trabalhista, nosso maior legado aqui. Dizem que Bolsonaro é maluco. Mas Ciro e Trump também são”. Hoje, os comandantes do DEM têm novo encontro para tentar um acordo. O risco é a perda de identidade.

Cofres mais cheios
Nos últimos 15 anos (entre 2005 e 2017), as receitas disponíveis dos municípios têm crescido. Passaram de 17,9% do PIB para 21,2% do PIB. A conta é da Instituição Fiscal Independente, do Senado. Já a receita disponível do governo central (depois de subtraídas as transferências legais e constitucionais) foi de 18,1% para 15,9% do PIB em pouco mais de uma década.

Aliança inédita
As mudanças na tarifa social de energia feitas ontem na Câmara, num raro acordo entre DEM e PT, foram alvo de críticas de Rodrigo Maia. Da mesa, perguntou ao colega de partido José Carlos Aleluia: “Quem vai pagar a conta, deputado?“ A Câmara aprovou uma faixa única de gratuidade, para consumo abaixo de 70kw. Será bancada pela Conta de Desenvolvimento Energético, paga por todos os consumidores.

Suplente total flex
Tomou posse ontem o 17º suplente em exercício no Senado. Detalhe: José Amauri (Podemos), que substitui agora Elmano Férrer (MDB-PI), é também suplente de Ciro Nogueira (PP-PI). O empresário foi eleito primeiro suplente de Férrer em 2014, e de Ciro, em 2010.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas