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O som do México

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Itaércio Porpino
Repórter

Praticamente, em qualquer cidade do México é possível encontrar grupos de músicos vestidos todos iguais – com seus chamativos ternos e sombreros – empunhando violinos, violões, harpas e vihuelas. A música deles – conhecida como mariachi (uma das mais importantes tradições do país) – será apresentada ao vivo e a cores aos potiguares nesta semana.
Grupo Mariachi Real de América traz o virtuosismo da música mexicana clássica
Em parceria com a embaixadora do México, Beatriz Paredes, o Governo do RN está trazendo, para três apresentações gratuitas, um dos principais representantes deste gênero de música popular mexicana – o grupo Mariachi Real da América -, junto com a harpista Cristina Craberas, muito conhecida no México. 

A primeira apresentação será nesta quarta-feira, 28, às 19h, no Teatro Alberto Maranhão. Na quinta (29),  o grupo se apresenta no Cine Teatro Pedro Amorim, em Assu, e, na sexta (30), no Teatro Municipal de Santa Cruz. Nas duas cidades do interior, a programação começa às 20h.

Composto por 12 integrantes, que tocam desde violões e violinos até a tradicional vihuela (instrumento de cordas com formato parecido com a guitarra), o grupo é originário de Puerto Vallarta, no estado de Jalisco, e existe há 20 anos. Tem dois álbuns lançados e participação nos mais importantes festivais de música mexicana do país e também no Encontro Internacional do Mariachi, em Jalisco.

A ideia de trazer os músicos está associada à Copa do Mundo 2014. Como a capital potiguar acolherá a seleção mexicana de futebol, que faz o primeiro jogo da Arena das Dunas no dia 13 de junho, enfrentando Camarões, o Governo do RN e a Embaixada do México pensaram nas apresentações como uma forma de estreitar os laços de Natal com o país latino. Estima-se que 30 mil torcedores mexicanos venham ao Brasil acompanhar a seleção do seu país.

O mariachi surgiu como um estilo de música rural regional e depois se espalhou por todo o México. Em Guadalajara, por exemplo, existe a famosa Praça do Mariachi, na Calzada Independencia e Avenida Javier Mina, do lado da igreja San Juan de Dios, onde é possível ver diversos grupos.

As canções abrangem uma variedade de temas comuns à condição humana, como amor, traição, política, morte, revolução e patriotismo. Alegres ou trágicas, elas, expressam uma forte emoção. Símbolo da cultura e história mexicanas, a tradição dos mariachi ganhou o mundo pelos meios de comunicação de massa  (rádio, televisão, cinema) e foi conquistando cada vez mais reconhecimento, até ser considerada pela Unesco, em 2011, Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

Para o comitê de seleção, “a música de Mariachi transmite valores que promovem o respeito pela herança natural do México regional e da história local, tanto no idioma espanhol quanto nas línguas indígenas do ocidente do país.”

Alguns músicos do Real de América participam da montagem da ópera Carmina Burana pela Orquestra Sinfônica do RN, na próxima sexta, no Teatro Riachuelo.

SERVIÇO
Apresentação dos Mariachi Real de América e a citarista Cristina Cabrera (foto acima), com entrada franca
28/05 – Teatro Alberto Maranhão, 19h
29/05 – Cine Teatro Pedro Amorim – Assu, 20h
30/05 – Teatro Municipal – Santa Cruz, 20h

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