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O UNI-RN e o Ludovicus em Lisboa

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Daladier Pessoa Cunha Lima
Reitor do UNI-RN

Quando falaram para mim, pela primeira vez, a palavra Ulpiano, no meio de uma conversa com ilustres professores de Direito, fiquei meio confuso em relação ao assunto em foco, pois chegou aos meus ouvidos a locução “o piano”. Um dos professores percebeu a minha dúvida e tratou logo de explicar quem era Ulpiano, famoso jurista romano do século III, que se notabilizou pelo princípio jurídico contido no dístico Juris Praecepta Sunt Haec: Honeste Vivere, Alterum Non Laedere, Suum Cuique Tribuere, ou seja, os preceitos do direito são: viver honestamente, não molestar ninguém, dar a cada um o que lhe é devido.

    Faço este relato para dizer que esses princípios plasmados por Ulpiano formam um semicírculo de palavras em torno da figura da Deusa da Justiça, presentes em uma das faces de medalha da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, comenda que aquela respeitável instituição acadêmica portuguesa outorga a quem, sob seu crivo, merece tamanha honraria. Pois bem, o Reitor do UNI-RN recebeu essa medalha das mãos do Professor Eduardo Vera-Cruz Pinto, representando o Professor Pedro Romano Martinez, Diretor da FDUL, na solenidade de encerramento do I Encontro Luso-Brasileiro “Direito, Cultura e Memória”: Homenagem ao Professor Câmara Cascudo, em Lisboa, no dia 19 de abril de 2016.

Tenho a perfeita compreensão de que essa medalha que recebi da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa é uma homenagem ao UNI-RN, pelo conjunto da obra educacional que realiza. No entanto, obrigo-me a ressaltar que o êxito do evento e as honras prestadas ao UNI-RN se devem, em grande parte, aos docentes e discentes do grupo Filosofia, Direito e Sociedade, à frente os Professores Fábio Fidelis, Marcos Jordão, Ewerton Rocha e Marcelo Maurício.

O I Encontro LusoBrasileiro, com a participação de professores e alunos do UNI-RN e da FDUL, contou também com o apoio importante e decisivo do Ludovicus – Instituto Câmara Cascudo, com a presença da dra. Camila Cascudo Barreto, que proferiu a palestra de abertura do evento, uma brilhante, concisa e descontraída explanação sobre a vida e a obra do escritor Luís da Câmara Cascudo. Camila Cascudo recebeu, também das mãos do Professor Eduardo Vera-Cruz Pinto, a mesma medalha acima descrita, uma homenagem não somente a ela e à palestra que proferiu mas ao próprio Câmara Cascudo e à sua notável obra, bem assim ao Instituto Ludovicus. Além dos professores brasileiros já citados, honraram as palestras e os debates os dignos Professores portugueses: Eduardo Vera-Cruz Pinto, Duarte Nogueira, Ana Fouto e Pedro Calafate.

Durante minha saudação aos presentes, na sessão solene de abertura, ressaltei a afeição brasileira pela nação lusitana, e expressei a homenagem ao país anfitrião ao ler o lindo poema “Meu Portugal”, de Florbela Espanca (1894-1930), poetisa lírica portuguesa, ex-aluna daquela Faculdade, aqui exposto em apenas três estrofes: “Meu Portugal querido, minha terra/De risos e quimeras e canções/Tens dentro de ti, esse teu peito encerra/Tudo que faz bater os corações!/Tens o fado. A canção triste e bendita/Que todos cantam pela vida afora; /O fado que dá vida e que palpita/Na alma da guitarra aonde mora!/(…)  Às vezes penso/Que tu és pátria minha, branca fada/Boa e linda que Deus sonhou um dia,/Para lançar no mundo, ó pátria amada,/A beleza eterna, a arte, a poesia!…”

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