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O vinho no supermercado

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Foi-se o tempo em que os Supermercados sequer eram cotados pelos enófilos de plantão em busca de vinhos como opção de local para compra. De fato, qualquer um de nós que volte sua memória no tempo em pouco mais de uma década, recordará que as seções de vinhos dos supermercados de então tinham mais vinhos de mesa (comuns) do que vinhos finos em seus deficitários portfólios. O número de garrafões de 5 litros de plástico e vidro empalhados, desordenadamente espalhados, dominavam o espaço físico das seções, contra uma tímida quantidade de vinhos finos, baratos, mal adegados e desconhecidos. Um tempo em que a guarda da bebida era de todo inadequada e a mentalidade dos empresários do segmento era a de ter vinho para o caso de alguém querer comprar vinho, alheios até mesmo a possibilidade da compra por conveniência.

Muitos supermercados já competem em condições de igualdade com importadoras, distribuidoras e lojas especializadas


Muitos supermercados já competem em condições de igualdade com importadoras, distribuidoras e lojas especializadas

Mas isso é coisa do passado agora que o vinho ganha a atenção de um número cada vez maior de consumidores no Brasil. De olho na lucratividade da bebida, as grandes redes passaram de meros expositores do produto a importadores com grande poder de barganha, enriquecendo e diversificando os seus portfólios, comercializando rótulos exclusivos com preços cada vez mais convidativos e criando, nas seções, através de um layout claro e uma ambiência temática, uma atmosfera propícia, confortável e convidativa aos apreciadores da bebida. E mesmo pequenas redes (locais), unidas por uma associação de âmbito regional ou nacional, fortaleceram-se no trato com o vinho, ganhando poder de barganha para importar, e criando marcas exclusivas com preços cada vez mais atrativos ao consumo. Na atual conjuntura, muitas redes de supermercados já não têm mais o vinho como uma venda de impulso e conveniência como no passado, pois tornaram-se referência como local de compra para muitos amantes da bebida, competindo em condições de igualdade com importadoras distribuidoras e lojas especializadas do ramo, contra as quais levam certa vantagem quando o assunto é preço, dado que o seu mark-up é substancialmente menor. Some-se a isso a contratação de especialistas como consultores, manutenção de atendentes do vinho nas seções devidamente capacitados e a criação dos Clubes de Vinho por parte das grandes redes que visam fidelizar cada vez mais o consumidor tirando das lojas especializadas, importadoras e distribuidoras uma boa fatia do mercado. Para algumas destas redes, a venda, antes de conveniência, agora é uma venda de referência. As melhores adegas de supermercados do Brasil na atualidade, têm nomes e projetos temáticos próprios, que destoam dos nomes e projetos arquitetônicos das lojas onde estão inseridas, provocando no cliente em compras, mesmo que este não seja um consumidor habitual de vinho, a sensação de pertencimento, por estar adentrando o universo do vinho de forma mágica, algo que cria um irresistível desejo de consumo.   

O Que Precisa para Ter uma Adega de Referência
Além de um plural portfólio de vinhos, que contemple países, regiões, produtores, estilos e variedades de uvas diversas, é vital ter um profissional devidamente habilitado a prestar uma consultoria ao cliente, acessórios para o serviço do vinho, livros sobre vinho e gastronomia, serviço de vinhos in loco e um impecável layout que permita ao cliente encontrar tudo que quer de forma prática, além de uma arquitetura, ambientação e decoração que transporte o cliente para o universo do vinho, sugestionando-o à fazer parte desse mundo através da compra.  
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