Em 1969, a VW do Brasil decidiu investir em um segmento intermediário, no qual a Ford reinava quase que absoluta com o “Corcel”, lançado em 1968. Estamos nos reportando ao querido “Zé do Caixão”, o automóvel VW 1600 Quatro Portas, que chegou ás ruas do País em 1969 e era, basicamente, o Fusca. Distinguia-se do seu irmão por ter 4 portas e linhas retas.
O carro era muito interessante, no entanto, não agradou como se esperava e foi descontinuado em 1970. Ele se tornou conhecido, carinhosamente, como “Zé do Caixão”, nome do personagem imortalizado pelo ator e diretor de filmes de terror José Mojica Marins. Por que o apelido? Devido às linhas feias e muito retas; às maçanetas das quatro portas, que lembravam alças de um caixão.
Nos dias atuais, notadamente nas regiões Sul e Sudeste, é possível ver alguns VW 1600 Quatro Portas rodando pelas ruas e estradas, mas poucos impecavelmente conservados como o que pertence à família do saudoso colecionador de carros antigos, sócio fundador do Veteran Car Club do Brasil Potiguar e empresário, Roque Araújo (Dudu). Dudu, quando vivo, preservava o exemplar que pertenceu a Aurino Araújo, também antigomobilista (colecionador de Fusca).
O carro, que integra o acervo do Museu Dudu, construído em homenagem àquele extraordinário amigo e cidadão natalense, se encontra em perfeito estado de conservação (novo). Este editor lembra que Dudu chamava a atenção das pessoas para os detalhes do modelo, como o reservatório de água do limpador de pára-brisa (que precisa receber pressão de ar comprimido para funcionar), entre outros.
