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Obama confirma vinda de vice-presidente para posse de Dilma

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta sexta-feira (19) os integrantes da delegação americana que estarão presentes na posse da presidente Dilma Rousseff, que será liderada pelo vice-presidente, Joe Biden, conforme a Folha de S.Paulo havia adiantado.

Além de Biden, estarão em Brasília no dia 1º de janeiro a secretária de Estado adjunta para a América Latina, Roberta Jacobson, e a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, informou a Casa Branca em comunicado.

A delegação também terá Ricardo Zúñiga, assessor principal de Obama para a América Latina no Conselho de Segurança Nacional.

Biden é a autoridade mais graduada enviada pelos EUA para uma posse presidencial brasileira desde 1990, quando o então vice-presidente, Dan Quayle, veio para a de Fernando Collor de Mello.

Na época, a vinda de Quayle se justificou porque se tratava da transição para o regime democrático no Brasil.

A presença de Biden será mais um gesto dos EUA para tentar se reaproximar do Brasil, após a crise gerada pelas revelações da espionagem no ano passado.

Tradicionalmente, os EUA mandam funcionários menos graduados, inclusive porque a posse cai no dia 1º de janeiro. Uma exceção foi a vinda da então secretária de Estado, Hillary Clinton, para a primeira posse de Dilma.

Em 2003, quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu, o líder da delegação era Robert Zoellick, então representante comercial dos EUA.

Zoellick havia sido chamado por Lula de “sub do sub do sub” em 2002, em resposta ao seu comentário de que ou o Brasil aderia à Alca (Área de Livre Comércio das Américas) ou teria de vender seus produtos na Antártida.

Biden se transformou no principal interlocutor da presidente Dilma e já veio duas vezes ao país. Ele ligou para ela após a reeleição e renovou o convite para uma visita de Estado a Washington. Dilma faria a visita em outubro de 2013, mas cancelou em razão da espionagem contra seu telefone e e-mail.

“É muito significativo os EUA mandarem um vice-presidente para a posse de Dilma, ainda mais sendo Biden, que tem muito peso no governo”, diz Paulo Sotero, diretor do Brazil Institute do Woodrow Wilson International Center for Scholars.

Dilma e o vice americano devem aproveitar a oportunidade para fazer um encontro bilateral, mas não é certo que haverá definições sobre o reagendamento da visita.

Na visão do governo americano, ainda não há uma “agenda madura”.

A visita ainda requer reuniões preparatórias entre funcionários de escalão inferior dos dois governos, porque, após o Brasil ter dado à Suécia o contrato dos caças da FAB, Brasília e Washington perderam o grande “anúncio” que fariam na visita.

“Não adianta fazer a visita por fazer, é preciso ter anúncios substantivos”, diz uma pessoa que participa das conversas.

Um anúncio poderia ser um acordo para acabar com a bitributação de empresas que atuam nos dois países, que é discutido há décadas. E a crise econômica e institucional na Venezuela certamente será pauta.

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