terça-feira, 16 de abril, 2024
26.1 C
Natal
terça-feira, 16 de abril, 2024

Obama e McCain se empenharão em nova era de reforma

- Publicidade -

EUA - John McCain acata proposta de Obama para trabalhar num plano de recuperação econômica

Chicago (AE) – O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, e seu adversário derrotado, o senador republicano John McCain, se empenharam ontem em “uma nova era de reformas” para resolver a crise econômica americana, transformar a política energética e reforçar a segurança nacional. Em comunicado conjunto, os dois, que se encontraram no escritório de Obama em Chicago, disseram que a conversação entre ambos “foi produtiva, sobre a necessidade de lançar uma nova era de reformas, para combater o desperdício do governo e o amargo partidarismo em Washington, com o objetivo de restaurar a confiança no governo e devolver a prosperidade e a oportunidade a cada família trabalhadora americana”. Obama e McCain também disseram que planejam trabalhar juntos para “consertar o país”.

 Participaram do encontro o futuro chefe de gabinete de Obama, Rahm Emanuel, e o senador republicano Lindsey Graham, amigo de McCain. Obama derrotou McCain nas eleições presidenciais de 4 de novembro. “Nós tivemos uma boa conversa sobre como podemos fazer algum trabalho conjunto para consertar o país. Também agradecemos ao senador McCain pelo serviço excepcional que ele prestou ao país”, disse Obama. Quando questionado se planeja ajudar a administração Obama, McCain respondeu “é óbvio”. Os dois posaram juntos para os fotógrafos.

Os jornalistas escutaram quando ambos conversaram na sala sobre futebol americano. Obama brincou ao dizer que “a imprensa nacional é mansa, comparada à imprensa de Chicago”. “Neste momento de definições na história, acreditamos que os norte-americanos de todos os partidos querem que seus líderes se unam e mudem os maus hábitos em Washington”, disseram no comunicado. 

Obama, que renunciou ao Senado no domingo, tem se encontrado com vários dos seus ex-rivais políticos, aos quais analisa dar cargos na sua futura administração, que será inaugurada em 20 de janeiro de 2009. Ele dialogou com a senadora Hillary Rodham Clinton, a quem derrotou nas primárias democratas. Obama teria cogitado oferecer o cargo de secretária de Estado a Hillary, mas segundo outras fontes, ele também pensa no nome do governador do Novo México, Bill Richardson, para o cargo.

Impasse dificulta ajuda às montadoras

Washington (AE) – As perspectivas para um rápido acordo que permita a aprovação de um pacote de socorro às montadoras norte-americanas diminuíam ontem no Congresso dos Estados Unidos, com um impasse entre os democratas e a administração Bush sobre a questão. A ajuda às três montadoras de Detroit, atingidas pela forte crise econômica que aflige os EUA, está parada devido ao impasse entre democratas e republicanos, sobre de onde virá o dinheiro para ajudar as companhias. Os senadores democratas dizem que pressionarão para que o dinheiro venha do pacote de US$ 700 bilhões de socorro ao sistema financeiro, mas assessores de ambos os partidos e lobistas que trabalham junto ao Congresso comentam que os democratas não têm os votos suficientes para aprovar um projeto de lei. Os assessores e lobistas falaram sob anonimato. 

A Casa Branca e os congressistas republicanos insistem que o pacote para o setor automotivo precisa vir de um projeto aprovado pelo Congresso em setembro, que prevê US$ 25 bilhões para ajudar a indústria a produzir veículos menos poluentes. O líder da maioria democrata no senado, Harry Reid, disse ontem que forçará uma votação nesta semana de um grande projeto de ajuda econômica a vários setores – o que inclui obras de infra-estrutura, ajuda aos governos estaduais, extensão do seguro desemprego e o socorro às montadoras – que muitos dizem agora não ter a chance de ser aprovado. Se o projeto fracassar, então ele tentará votar um pacote reduzido, apenas com socorro às montadoras e extensão do seguro desemprego.

A informação partiu do próprio Reid. “Se nós nos movermos em frente, vamos proteger e criar empregos americanos, ajudar famílias de trabalhadores e evitar que nossa economia afunde ainda mais na recessão”, ele disse.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas