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Obama enfrenta dificuldades para sucessão no FED

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Nova York – Poucas responsabilidades dos presidentes norte-americanos geram tantas consequências quanto a escolha do dirigente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Em meados de 2009, o presidente dos EUA, Barack Obama, considerou substituir Ben Bernanke, nomeado por George W. Bush, pelo conselheiro da Casa Branca Larry Summers. No fim das contas, Obama decidiu manter Bernanke em meio ao combate à crise financeira. Com alguma hesitação, o Senado concordou com a escolha, com 70 votos a favor e 30 contra.
Obama com poucas opções para a direção da economia nacional
Quatro anos depois, Bernanke dá indícios de cansaço e o governo de Obama tem discutido internamente possíveis sucessores, segundo o colunista do Wall Street Journal Jon Hilsenrath, considerado um especialista em Fed. Obama deve consultar somente um pequeno grupo de conselheiros para tomar essa decisão, entre eles o secretário do Tesouro, Jacob Lew; o coordenador de políticas econômicas, Gene Sperling; o novo presidente do Comitê de Conselheiros Econômicos da Casa Branca, Jason Furman; e Valeria Jarrett, sua confidente há anos.

Essa é uma decisão com consequências, e não somente porque o mandato de quatro anos significa que o escolhido continuará no cargo após Obama deixar a presidência. Bernanke, que estudou a fundo a Grande Depressão, injetou trilhões de dólares na economia em uma experiência sem precedentes na política monetária. O próximo presidente do Fed terá que definir como retirar parte desse dinheiro enquanto minimiza a turbulência nos mercados financeiros. Isso será difícil. Bernanke conseguiu sacudir os mercados na semana passada ao falar da redução gradual de estímulos.

Aprovação do Senado

Se Obama quiser continuidade, a vice-presidente do Fed, Janet Yellen, é a escolha mais provável. Fora do círculo interno da Casa Branca, que está em silêncio, ela vem sendo vista como favorita ao cargo. Mas Yellen tem menos experiência em lidar com os mercados em tempos delicados do que Summers ou Timothy Geithner, ex-secretário do Tesouro, também considerados possíveis opções. Ambos lidaram com crises enquanto estavam no Tesouro.

Pela reação aos comentários de Bernanke na semana passada, saber lidar com os mercados será particularmente importante para a saída do Fed de seu relaxamento monetário. Além disso, continuidade pode não ser a prioridade de Obama. Os empresários que costumam conversar com o presidente afirmam que houve mais aplausos para a forma com a qual Bernanke lidou com a crise do que para seu agressivo programa de compras de bônus.

Para completar, existe o problema da confirmação do Senado, que provavelmente será mais rígido com Summers ou Geithner do que com Yellen. Os nomeados de dentro do Fed são, em princípio, bem recebidos também pelo mercado de bônus. Se a escolha envolver alguém que não tem a confiança dos mercados, as taxas de juros podem subir com força. Obama deve levar isso em consideração

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