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Objetivo comum

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Lydia Medeiros

Símbolo da crise política, o processo que pode cassar a chapa Dilma-Temer produziu o primeiro consenso desde a eleição de 2014: os dois lados não têm qualquer interesse num desfecho rápido. Nas alegações finais entregues ao TSE, as partes deixam clara a intenção de protelar uma decisão, desqualificando testemunhas e provas. Michel Temer precisa ganhar tempo e concluir o mandato. Dilma Rouseff pretende disputar as próximas eleições antes da sentença. Hoje, no país, a única pessoa que tem pressa no julgamento é o ministro-relator, Herman Benjamin.

Erramos
Diferentemente do publicado aqui ontem, Temer não deixa para Rodrigo Maia a Presidência da República se for condenado pelo TSE. Ele pode e deve recorrer ao Supremo e aguardar no cargo a decisão final.

Provocando a memória
As alegações finais de Dilma Rousseff ao processo no TSE têm uma peculiaridade em relação às demais partes – Temer e o PSDB, autor da ação. A defesa da ex-presidente foi entregue em papel timbrado da chapa que concorreu em 2014. Lembra, a cada uma das 212 folhas, sua composição: Coligação com a Força do Povo (PT-PMDB-PSD-PP-PR-PROS -PDT-PCdoB-PRB)/Dilma-presidenta/Michel Temer-vice.

Dever de casa
A assessoria do vice-líder do governo Darcísio Perondi (PMDB) enviou mensagem às equipes dos gabinetes de deputados aliados pedindo apoio para a formação de uma rede de divulgação de dados positivos sobre a reforma da Previdência. O texto diz que o objetivo é “desconstruir mentiras difundidas pelo PT e pela oposição”, e traça meta ambiciosa: “Devemos, logo, logo, formar uma rede com 500 mil canais de distribuição, a maior da América Latina.”

Oração fora do tom

Funcionários da Secretaria Nacional da Mulher estão desconfortáveis com a titular da pasta. A ex-deputada Fátima Pelaes (PMDB) tem feito cultos evangélicos no gabinete. Seus subordinados dizem sentir-se constrangidos a participar.

Jeitinho
O governo estuda conceder visto eletrônico a turistas de EUA, Japão, Canadá e Austrália. Nos Jogos Olímpicos, houve dispensa de visto para esses países. Seria uma alternativa para estimular a entrada dos visitantes sem romper a diretriz do Itamaraty de reciprocidade em relação às exigências das outras nações.

Negociação emperrada
Deputados tentam abrandar as regras impostas pela Fazenda no projeto de socorro aos estados falidos, pronto para votação na Câmara. Querem excluir artigo que proíbe os governos que aderirem ao programa de recorrer à Justiça para cobrar questões ligadas a dívidas com a União. É uma tentativa da bancada do Rio de atrair representantes de outros estados. Minas, por exemplo, pretende pedir compensações por perdas com a Lei Kandir. Rodrigo Maia defende a posição do governo federal e quer a aprovação integral da proposta.

Cantinho do Moreno
Moreira Franco e Fernando Henrique são amigos de longa data, tanto que, no governo do segundo, o primeiro só o chamava de “príncipe”. Nem por isso FH deixa de alfinetar o amigo. A última foi quando o “príncipe” chamou a “ponte do futuro” de Moreira de “pinguela”. Agora, no 3º volume do seu “book rosa”, FH conta que foi pressionado a botar Moreira na Petrobras. O ministro de Temer responde: “O príncipe virou um lustrador de biografia. Quer lustrar a sua, que anda meio opaca.”

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