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Obras atrasam com a chuva e preocupam autoridades

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A descoberta de resquícios de mata atlântica – um bioma protegido – no percurso do aeroporto de São Gonçalo do Amarante não é o único impeditivo que ameaça o prazo de conclusão dos acessos.
Um dos acessos ao Aeroporto: O atraso na obra tem sido motivo de preocupação para o Governo Federal e as companhias aéreas
Segundo a EIT, a obra do acesso norte passou dois dias paralisada em virtude das chuvas. Para dar mais ritmo a construção, a empreiteira pediu autorização para iniciar uma nova frente de trabalho. A partir da próxima semana, a construtora passará a desmatar e terraplenar dois trechos simultaneamente.

A empresa, que antes da descoberta dos 3 hectares de mata atlântica, prometia entregar os acessos em abril de 2014 – teve que assumir a obra em meio ao processo licitatório. A Queiroz Galvão, empresa que venceu a licitação em 2010 para construir os dois acessos, desistiu da obra em junho deste ano. 

O projeto prevê a construção de dois acessos, um que passa pela BR-406 e, consequentemente, à Zona Norte e ao litoral Norte, e outro que passa pela BR-304, na altura do município de Macaíba.

Preocupação

O consórcio Inframérica, que detém a concessão do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, foi procurado pela equipe de reportagem para comentar o assunto, mas preferiu não se manifestar. Em outras ocasiões, porém, criticou a lentidão nas obras de acesso.

O atraso tem sido motivo de preocupação não só para o consórcio, mas também para o governo federal e as companhias aéreas.

A TRIBUNA DO NORTE tentou entrar em contato, ontem, com o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, mas não obteve êxito. A assessoria de comunicação da pasta, no entanto, reiterou que “o ministro está preocupado com a situação dos acessos ao aeroporto”.

Em visita ao estado em junho deste ano, o ministro afirmou que “o atraso significa um dano para o funcionamento normal do aeroporto”. Segundo ele, a obra só seria concluída a tempo, se tivesse sido inciada em julho, o que não ocorreu.

No dia 23 de agosto, a  Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) – que representa as companhias Avianca, Azul, Gol e TAM – divulgou uma nota afirmando que “o acesso atual, que se dá por estrada de terra batida, não oferece condições que permitam o transporte dos equipamentos das companhias, bem como de funcionários”.

As empresas, disse a associação, precisam de um prazo mínimo entre 60 e 90 dias para a transferência de suas operações do atual aeroporto, o Augusto Severo – localizado em Parnamirim – para São Gonçalo do Amarante. “A existência de adequada infraestrutura de acesso terrestre é imprescindível para o planejamento das companhias aéreas e para o início das operações no novo terminal”, disse a Abear.

A preocupação das companhias foi manifestada ao governo do estado, por meio de ofício endereçado à governadora Rosalba Ciarlini e ao diretor estadual do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RN) Demétrio Torres. No ofício, a Abear pediu urgência para sanar “obstáculos que atrasam a execução de obras de pavimentação”.

O ofício foi enviado ao governo após atrasos no início da obra – superiores a um ano – e a confirmação do Governo do Estado de que apenas um dos dois acessos – o que interliga o aeroporto à BR-406, zona Norte de Natal e ao litoral Norte do estado – poderá estar pronto a tempo do início da operação do aeroporto, previsto para abril de 2014. O acesso sul, que passa pela BR-304, seria entregue um mês depois, conforme informações divulgadas pelo governo.

Aeroporto

O atraso nos acessos ao aeroporto preocupa porque a previsão do consórcio Inframérica é que as obras do aeroporto sejam concluídas em dezembro deste ano e que os terminais comecem a operar em 30 de abril de 2014, a tempo para que aproveitem o fluxo esperado com a Copa do Mundo. De acordo om informações divulgadas pelo consórcio em agosto, mais de 40% da obra – entre evolução das obras civis como também os investimentos em projetos e linha de transmissão de energia elétrica- está concluída.

*COLABOROU RENATA MOURA

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