Com o mês de fevereiro chegando ao fim, o verão sai de cena, dando lugar ao inverno. Se por um lado, a mudança de estação e de clima alivia o insuportável calor, por outro traz uma grande preocupação. É que as águas de março cortando o verão são promessas de problemas para a população natalense, sempre. Que o digam as famílias que habitam áreas de risco de alagamento, em bairros periféricos. Todos os anos elas são as que mais sofrem, vendo suas casas serem inundadas.
Até março, porém, a Prefeitura está realizando obras e serviços em alguns dos pontos mais críticos da cidade, com o objetivo de minimizar os danos causados durante o inverno, que normalmente se estende até junho. O secretário municipal de Obras e Viação, Damião Pita, assegurou que este ano os problemas nessas áreas serão menores.
Entre as obras e serviços que estão sendo executados, estão construções de lagoas de captação, escavação de outras já existentes e limpeza de galerias. Algumas áreas, no entanto, ainda terão grandes problemas com as chuvas, pois as melhorias nelas só chegarão depois do período chuvoso. E há aquelas que nem mesmo serão contempladas. É o caso de comunidades que vivem em encostas de morro, como Mãe Luiza. As obras e serviços — os que estão sendo realizados e os que ainda estão para iniciar — contam com recursos municipais e federais.
De acordo com Damião Pita, a prefeitura fez o serviço de escavação nas lagoas de captação de Ponta Negra e do Jiqui, na zona Sul; e dos loteamentos Nova República e José Sarney, na zona Norte, aumentando a capacidade delas. Neste último local, a chuva tem castigado os moradores.
Outro serviço que está sendo feito é a limpeza das galerias em Tirol e Petrópolis. Nos dois bairros, as avenidas Afonso Pena, Seridó e Mossoró são vias que sempre alagam com as chuvas. A limpeza, no entanto, não resolve a situação em definitivo, pois o problema é causado, principalmente, porque o sistema de drenagem, muito antigo, está saturado. A Prefeitura tem um projeto orçado em R$ 10 milhões para ampliar o sistema, mas não há recursos.
Já o Jardim Primavera, loteamento que no ano passado mais sofreu com os alagamentos provocados pelas chuvas, deve ganhar, até março, uma lagoa de captação. A obra, segundo Damião Pita, resolverá também o problema do Jardim Progresso, que é separado de Jardim Primavera por uma rua. Estão sendo investidos na obra R$ 1 milhão e 580 mil. Parte do bairro de Capim Macio, um dos mais atingidos da zona Sul pelas chuvas, está ganhando duas lagoas de captação, além de pavimentação. O serviço contempla nove ruas e deve ser concluído em março. Ainda não vai ser dessa vez que o bairro todo ficará livre dos problemas causados pelos alagamentos. “Estamos terminando a primeira fase, para dotar todo o bairro de pavimentação, a Prefeitura está tentando um empréstimo com o BID, no valor de R$ 40 milhões”, disse Pita.
