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Odilon, o goleador do Machadão

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TRICOLOR - Poucos lembram de Odilon defendendo o Fortaleza

Everaldo Lopes – Repórter e pesquisador

Fazer sempre gols, mesmo que não sejam muitos numa só temporada, mas com regularidade, esse foi um dado importante na trajetória do ponta de lança Odilon, ex-Potiguar/M, Sport Recife, Alecrim, ABC, Fortaleza e Treze/PB, com rapidíssima passagem pelo América/RN, mas sem muito destaque, tendo feito sua última partida em 97 jogando pelo Alecrim. Essa regularidade dá hoje ao baixinho nascido em São Gonçalo do Amarante o título de maior homem gol dos Estaduais do RN, de 1974 a 2005.

Nos 22 anos participando dos Estaduais Odilon assinalou 115 gols, seguido  pelo pernambucano Marinho Apolônio, com 102, tendo entretanto a seu favor um período menor no futebol potiguar do que Odilon. Apolônio chegou para o América em 1977, ora atuando na ponta direita, outras vezes na esquerda ou no meio de campo, defendendo ainda o SC Bahia e um outro período no futebol português.

Alberi foi outro jogador com longa presença no Machadão, inicialmente no ABC, em 76/77 no América, posteriormente no Alecrim, com um pequeno intervalo quando trocou o RN por outras praças. Em apenas duas temporadas – a de 1970, Alberi destacou-se como goleador, mas ainda era o “Juvenal Lamartine”, quando ele assinalou 21 gols, e em 72, com a marca pouco brilhante de 10 gols, com metade do campeonato jogado ainda no “JL”. Frise-se que o antigo ídolo abecedista nunca atuou como centroavante, até porque velocidade e cabeceio  nunca foram o seu ponto forte.

Prevaleciam o chute forte com direita ou esquerda, após o  drible fácil, Como goleador numa só temporada o carioca Silva está imbatível até hoje com seus 32 gols marcados em 1983, um a mais que seu colega de clube – Marinho Apolônio, com 31.

Silva voltaria a ser goleador do Estadual, em 1987, porém com menos da metade dos 32 feitos em 83. Marcou apenas 14 em 87, jogando pelo América. Em 1983 o ataque abecedista  passou em muito dos 100 gols, ressaltando-se, entretanto, que foi um Estadual dos mais longos na história dessa competição, com quatro turnos.

O histórico dos “matadores” maiores do estádio João Machado registra como os de mais destaque, além de Odilon, Silva, Marinho Apolônio e Alberi, o camisa nove Aloísio, ex-América como bi artilheiro em 77/78, Curió, do Alecrim bi em 85/86, Sérgio Alves, até hoje o recordista de títulos de goleador, em 98/99, 2001 e 2005, Claudinho (Cláudio Prattes) (ABC) em  96/97, Marinho Apolônio duas vezes goleador em 82 e 84, além dos 31 marcados em 83. Apolônio fez muitos gols no campeonato baiano como atacante do “Tricolor da Aço”. 

O potiguar Reinaldo, artilheiro apenas uma vez no Machadão, com 19 gols em 1976, sua ida para o Flamengo/RJ afastou-o do futebol potiguar, ele que foi um dos grandes astros que passaram pelo RN nos anos 70/80.

Os 115 gols de Odilon estão assim distribuídos: 59 jogando pelo Alecrim, 29 pelo Potiguar e 27 com a camisa do ABC. Fez gols ainda jogando pelo Sport, Treze e Fortaleza. Odilon teve dois afastamentos longos: o primeiro devido contusão e cirurgia no joelho, e a segunda vitimado por uma hepatite.

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