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Oferta de milho está 50% maior

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Um dos principais símbolos gastronômicos das  festas juninas, o milho verde pode ser encontrado em feiras livres e organizações, em Natal. Apesar das poucas vendas relatadas por comerciantes, a expectativa é de que nesta sexta-feira (22) que antecede a véspera de São João, o comércio melhore.  Os preços da “mão” de milho, ou seja, 50 unidades, custam de R$ 15 a R$ 25, dependendo do tipo e tamanho da espiga.

Na tradicional ‘Feira do Milho’ já foram comercializadas, desde 1º de junho, aproximadamente 500 mil espigas. A oferta até final do mês deve superar 1,5 milhão de espigas

Na tradicional ‘Feira do Milho’ já foram comercializadas, desde 1º de
junho, aproximadamente 500 mil espigas. A oferta até final do mês deve
superar 1,5 milhão de espigas

Na tradicional Feira do Milho,  organizada anualmente pela  Central da Agricultura Familiar, localizada na esquina da rua Jaguarari com a avenida Capitão Mor Gouveia, em Natal, os vendedores reclamam das vendas baixas e atribuem a dois fatores: Copa do Mundo e pessoas ainda vivendo reflexos da crise financeira. Comidas típicas também estão sendo vendidas na Central: canjicas podem ser adquiridas entre R$ 2,50 e R$ 3,00, assim como pamonhas.

A vendedora Iranice Silva da Cunha, 41 anos, reclama da pouca procura. “Vendo há vários anos, mas esse está muito ruim”, lamentou a mulher. Ela reclamou que algumas pessoas instalam barracas na calçada próxima a entrada da  Central da Agricultura Familiar, e que isso também dificultaria as vendas. “É uma concorrência desleal. Aqui nós pagamos aluguel e todos os gastos a mais”, disse Iranice.

O coordenador de mercado da  Central da Agricultura Familiar, Ruberlânio Franco, disse que a expectativa de oferta é 50% maior do que no ano passado, quando foram ofertados 1 milhão de espigas. A maior época de vendas, de acordo com Ruberlânio, começou nesta semana e vai até o final das festas juninas. “A medida que aumenta a procura, trazemos mais caminhões. Hoje (ontem) foram quatro, que trouxeram 100 mil espigas”, explicou o coordenador.  Desde 1º de junho, data em que a feira começou, 500 mil espigas foram vendidas no local. “Essa semana foi boa, começou a procura”, frisou Ruberlânio Franco.

Vendedor José Inácio, de 58 anos, reclamou das baixas vendas de madeiras para fazer fogueiras

Vendedor José Inácio, de 58 anos, reclamou das baixas vendas de madeiras para fazer fogueiras

O vendedor de milho Ricelle Sales Ribeiro, 29 anos, relata um saldo positivo de vendas, apesar de ressaltar que poderiam ser melhores. O milho é trazido de Ipanguaçu, Jandaíra, Macaíba e Touros. “Vendo por R$ 25 a mão de milho, porque trabalho somente com o 1051”, explicou Ricelle. Ele acredita que as vendas devem ficar aquecidas nesta sexta-feira (22).

A dona de casa Giselda Sobrinha, 60 anos, procurava as melhores espigas na Central da Agricultura Familiar, na tarde de ontem. Todos os anos ela prepara comidas típicas para a família, que se prepara para a noite de São João. “Vou garantir a canjica da família toda. Sou de Serra de Martins, lá a festa está grande”, disse a mulher, que mora há 40 anos em Natal.

Este ano há mais oferta de milho, de acordo com relatos ouvidos pela TRIBUNA DO NORTE. E isso se deve as chuvas que caíram no interior do Rio Grande do Norte nos últimos meses. Isso aumentou a oferta e diminuiu o preço da “mão” do milho em relação ao ano passado, quando custava em torno de R$ 30.

Giselda Sobrinha, de 60 anos, procurava as melhores espigas na Central da Agricultura Familiar

Giselda Sobrinha, de 60 anos, procurava as melhores espigas na Central da Agricultura Familiar

Fogueiras
O vendedor José Inácio, de 58 anos, reclamou das baixas vendas de madeiras para fazer fogueiras. Segundo o comerciante, que trabalha com um ponto de venda na Avenida das Alagoas, em Pirangi, na zona Sul de Natal. Até o final da tarde de ontem, somente uma “fogueira” tinha sido vendida. O valor varia e pode ser negociado. “Tomara que as coisas fiquem melhores de amanhã em diante, porque esse ano tem sido horrível em relação aos anos anteriores”, disse José Inácio.

Segurança
Neste período junino, o setor de queimados do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel recebe um grande número de pacientes que sofreram acidentes com fogueiras e fogos de artifícios. Pensando em auxiliar à população a se precaver desses acidentes, o Corpo de Bombeiros adverte a utilização dos fogos de artifício por menores de idade e recomenda que as pessoas usem os fogos longe de outras pessoas, residências e fios de eletricidade. No caso das fogueiras juninas, elas devem estar em um terreno amplo e a céu aberto. Visto de longe a brincadeira pode parecer inofensiva, mas é necessário manter cuidados básicos. Caso haja alguma eventualidade, deve-se acionar os bombeiros (193) ou Samu (192).

Serviço
Central da Agricultura Familiar

Localização: Jaguarari com a avenida Capitão Mor Gouveia, em Natal

Horário: 6h as 22h, todos os dias.

Aos sábados ocorre uma programação cultural das 11 às 14h.

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