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Og Pozzoli

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Woden Madruga
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Morreu sexta-feira, 17, em São Paulo o empresário Og Pozzoli, antigomobilista, tido como um dos mais importantes colecionadores de automóveis do mundo. Tinha 87 anos. Og nasceu no Rio de Janeiro, mas foi criado em Natal, onde morou até 1956, quando resolveu mudar-se para São Paulo. Sua morte, registrada na coluna de Fernando Siqueira, do caderno Autos & Motores da TN de sábado, 18, foi destaque nos jornais de São Paulo. O Estadão de sábado, 18, deu o seguinte título: “Morre Og Pozzoli, lenda do antigomobilismo”.  A notícia começa assim:

– O empresário Og Pozzolli, um dos mais conceituados colecionadores de automóveis do mundo, morreu nesta sexta-feira (17), três semanas após completar 87 anos de idade. Fluminense de Itaboraí, criado em Natal (RN) e radicado em São Paulo desde 1956, Og lutava contra um câncer.

– Og abrigava em sua propriedade em Cotia, na Grande São Paulo, um acervo de 200 automóveis, os mais antigos duas Jardineiras Fiat, de 1912 e 1914, que ele se recusou a vender por US$ 1 milhão a Gianni Agnelli, presidente da Fiat.

– Carros que serviram a papas, a presidentes da República de diversos países, exemplares únicos no mundo, veículos que começou a comprar em 1958, dois anos após chegar a São Paulo, vindo de Natal, ao volante de um Opel 1937, numa jornada por estradas precárias de terra”

Og exibia esse Opel de dois lugares, carroceria de madeira, pelas ruas de Natal. Estacionava-o no Grade Ponto, do lado da Sorveteria Cruzeiro, juntando gente. Og marcou época em Natal, também pelas suas irreverências, o seu bom humor, suas presepadas, principalmente no carnaval. Essa sua viagem no Opel para São Paulo (3 mil e 400 quilômetros) durou 17 dias.

No tempo que viveu em Natal,  Og fez teatro, principalmente papéis cômicos. Seu pai era ator profissional, nascido em Pernambuco: José Wanderley Pozzoli. Tinha uma companhia e se exibia no Teatro Carlos Gomes (hoje Alberto Maranhão). Era casado com a atriz, poeta e declamadora Marilita, irmã do comerciante Álvaro Braz d’Araújo Lima, Limarujo, que tinha loja na Rua Doutor Barata e depois na Praça Augusto Severo. Dos principais empresários da velha Ribeira, figura querida por estas bandas natalenses,  Limarujo era sogro do querido e saudoso Paulo Balá. Og, portanto, primo de Zélia, mulher de Paulo.

Og tinha um irmão que também era ator, Jomeri. Chegou a trabalhar na Globo. Fazia dublagem para filmes. Em a História do Teatro Alberto Maranhão (1904 a 05 de maio de 1952) , de Meira Pires, tem este registro correspondente ao dia 15 de maio de 1941:

“O casal Pozzoli, sob o patrocínio dos Drs. Aldo Fernandes, Interventor Federal e Gentil Ferreira de Souza, Prefeito de Natal, apresentou-se no dia 15, às 20 horas, “Destinos…” em 1 ato, de Renato Viana. Seguiu-se um ato de variedades com Marilita Pozzoli declamando bonitos poemas e José Pozzoli, interpretando o tipo de caipira mineiro”.

Mais adiante, agora na pauta de maio de 1959, Meira registra, sob o título “Companha Pozzoli”:

“A Companhia Pozzoli apresentou uma temporada popular nos dias 9, 10, 11, 12 e 13. No elenco, Marilita Pozzoli, José Pozzoli, Maria Célia, Og Pozzoli, Jomeri Pozzoli, Hiram Pereira. Foram encenadas as seguintes peças: ‘Deus e a Natureza’, em 4 atos, de Artur Rocha, ‘O Beijo nas Trevas1’ (Le baise dans les ténébres), Grand-Guignol, em 2 atos, de Maurice Level, ‘Ladra’, em 3 atos, de Silvino Lopes, ‘Os Transviados’, de Amaral Gurgel, “Deus lhe pague…” de Joracy Camargo. ”

Jaeci
Outra notícia triste: morreu Jaeci, o grande fotógrafo. Foi domingo, 19. Tinha 88 anos. Seu sepultamento ocorreu ontem no Cemitério do Alecrim. A história de Natal, dos anos de 1940 ainda pegando a grande guerra, até a década passada, está registrada por suas lentes. Riquíssimo acervo. Tudo começou numa aldeia que mal passava dos 50 mil habitantes.

O fotógrafo, o artista com o piscar do jornalista, o esportista, apaixonado pelos esportes náuticos (foi Comodoro do Iate Clube de Natal) e pela velocidade das motos, o homem elegante, de fino trato, Jaeci soube fotografar a história de Natal nos últimos 70 anos. Final do ano assado foi acometido de um AVC.

Livro
Depois de amanhã, quinta-feira, 23, tem o lançamento do livro de Tarcísio Gurgel, Deífilo Gurgel – No reino da poesia – no reino do folclore, editado pela 8 Editora e a Caravela Selo Cultural.

Será no Temis Bar Balcão Clube (sede do América F.C. – avenida Rodrigues Alves, 950, Tirol), a partir das 18 horas.

Tradições  
O Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), da UFRN, promove de, de amanhã, 22, até sexta-feira, 24, o III Simpósio Internacional em Tradições Discursivas e o IV Seminário do Projeto de História do Português Brasileiro no RN.

Os dois eventos acontecem no auditório do Instituto Ágora, abertura marcada para às 08h30 com a conferência do professor Johannes Kabatek, da Universidade da Suíça, sobre o tema “Tradições discursivas entre estabilidade e mudança”.

Crescimento
Deu na coluna de Miriam Leitão, de O Globo:

– O Banco Central apurou alta de 0,58% na atividade do terceiro trimestre, resultado que dessa vez não frustrou as projeções. O IBC-Br deixou no campo negativo na comparação com o mesmo período de 2016, com avanço de 1,4%, após fechar o segundo trimestre com queda de 0,2% nesse recorte. O crescimento reforça a expectativa positiva para o PIB. Em 1º de dezembro o IBGE divulga o resultado oficial da economia entre julho e setembro.

– Alguns fatores têm puxado esse início de retomada. A queda da inflação melhorou o poder de compra do consumidor. Há um tímido avanço no mercado de trabalho e nas condições de crédito. A confiança de empresas e famílias em alta, também tem efeito na atividade.

Escuridão
Enquanto isso a iluminação pública no Barro Vermelho continua piorando, no pibinho mais baixo. O órgão municipal que deveria cuidar do problema, não cuida. Há postes que estão na escuridão há meses.

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